Lembro bem que este era o conceito que eu tinha.
Acreditava que esse lugar era feio, ruim e que as crianças não gostavam.
Quando Catarina tinha 6 meses tive que voltar a trabalhar eu consegui uma babá que durou uns 6 meses lá em casa. Depois disso não consegui nunca mais ninguém que durasse mais de 2 meses. Tentei por infindáveis vezes ter uma babá, mas fracassei. Não tenho competência para esta arte. Não sei o que acontece, mas simplesmente não rola.
Então, tive eu que procurar um depósito para jogar minha filha enquanto eu trabalhava. Nisso eu já me sentia a pior mãe de todas.
Fiz uma listinha e fui visitando. A primeira colocava as crianças na frente da TV, assistindo canal aberto e comendo bolacha recheada como lanche. !?!??!?!?!
A segunda até que era melhorzinha, tudo novinho, mas o pátio de recreação das crianças tinha uns 10 metros quadrados. Sendo que eu saí do apartamento para uma casa justamente para que ela tivesse um grande lugar para brincar.
A terceira é a creche da associação dos funcionários de onde trabalho. Fica num clube. Tem três grandes parquinhos, piscina, muita grama e à beira do Lago Paranoá. Tem muitas pedagogas, pediatra, três enfermeiras, nutricionista, psicóloga e cada sala tem no máximo 20 alunos e 5 tias.
É cara, sim. Mas eu sou a pessoa mais feliz por saber de todo o aparato que as minhas meninas têm enquanto preciso trabalhar.
Coloquei a Catarina quando ela tinha um ano e três meses. E mesmo com todo o aparato eu sofri feito uma condenada. Chorava todo dia.
Na primeira semana, a da adaptação, eu chegava com a Nina e ela já ía brincando com as outras crianças. Não chorou nenhum dia, aliás, chorou sim, para ir embora. Ela não queria ir.
Com a Cecília já foi tudo diferente. Ela foi pra a creche com 6 meses. E não me arrependo de nada. A adaptação foi mais fácil ainda por ser minha segunda filha e pela pouca idade que ela tinha na época.
Hoje mesmo teve a comemoração dos aniversariantes do mês de Agosto e a Ciça faz 2 anos agora. Eles preparam uma festinha linda. Tem pipoca, pão de queijo, bolo.
Além de tudo de bom que é essa creche eles ainda proporcionam aulas de músicalidade, culinária, inglês e natação. No fim do ano eles gravam as musiquinhas que trabalharam durante o ano. Um CD inesquecível. A Ciça ainda não fez pela idade. Mas o da Catarina do ano passado é uma coisa. Eu choro toda vez que ouço.
A pediatria pesa e mede todo mês e a cada semestre envia um relatório do crescimento. A Nutrição pensa nas crianças e não entra leite na creche, por conta de algumas terem alergia ou intolerância à lactose. Isso eu amei, pois as minhas duas têm intolerância. Além de eles levarem as crianças para a cozinha e prepararem algumas receitas com elas.
Esses dias a Catarina me pediu papel e caneta e disse que ía escrever a letra do meu nome. Dei. E ela escreveu o F da mamãe, o W do papai e o C dela e da irmã. Na hora eu nem sabia que reação ter. Poxa! Ela têm 3 anos. E eu imaginei que seria eu que ensinaria as letrinhas. Não. As tias foram mais rápidas.
Descobri que depósito seria a minha casa se eu saísse para trabalhar e deixasse minhas filhas com uma pessoa totalmente desqualificada, despreparada, sem estudo adequado e que acredita que cuidar de criança seja algo parecido como cuidar de idoso ou cachorro.
Somos muito felizes com a creche e pelo fato de elas ficarem lá até os 6 anos. Saem de lá direto para a alfabetização, se bem que daqui há 3 anos acredito que a Catarina estará escrevendo no blog conosco. :)
Ah! E eu sou muito feliz também por não ter babá e por não querer nunca mais uma dessas criaturas me rodeando
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
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Um comentário:
Nossa, que surpresa maravilhosa deve ter sido ver a filhota (quase) escrevendo o nome de vcs! Quero mesmo vê-la postando por aqui em breve!
Bjs!
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