terça-feira, 26 de julho de 2011

Por que tanto desespero? Saber ler, escrever e contar antes dos seis ou sete anos não quer dizer nada

RECEBO MUITAS, muitas perguntas e dúvidas de pais que têm filhos com seis anos, mais ou menos. Várias mensagens chegam em tom quase desesperado. O motivo? O processo de alfabetização dos filhos.

Vamos tentar acalmar esses pais com alguns esclarecimentos importantes para que, um pouco mais tranquilos, eles não pressionem tanto seus filhos.

De partida, é bom avisar: a criança tem tempo de sobra para se desenvolver nesse processo. Qual o prazo? No ensino fundamental, com duração de nove anos, esperamos que a maioria dos alunos esteja alfabetizada ao final do segundo ano.

Por isso, caro leitor, caso o seu filho esteja no primeiro ano, pode relaxar. Ele ainda tem pelo menos um ano e meio para se aprimorar no processo da leitura, primeiramente, e escrita.
Acontece que muitos pais foram convencidos pela sociedade de que é melhor a criança aprender o mais cedo possível a ler, escrever e trabalhar com números. Não é.

Já temos inúmeros estudos e pesquisas apontando que crianças precocemente introduzidas no ensino formal não se mostram, no futuro, mais avançadas nos estudos. Além disso, até demonstram menor curiosidade pelos estudos e menos criatividade nos trabalhos escolares do que suas colegas que se dedicaram a brincar nos anos da primeira infância.

Tem mais: as crianças massacradas por escolas e famílias para a vida escolar no estilo acadêmico antes dos sete anos desenvolvem mais doenças resultantes da ansiedade e da pressão, tais como estresse, desatenção, distúrbios alimentares e do sono, entre outras.

Veja, caro leitor, o resultado dessa ideia que a sociedade desenvolveu nos pais. Uma leitora, que coloco no grupo dos pais desesperados, conta que mudou de cidade e sua filha, matriculada no primeiro ano, já sabia ler e escrever muitas coisas. Mas agora, na transferência de escola, parece que regrediu e se esqueceu de muita coisa que havia aprendido.

O que nossa leitora não percebe é que, se a garotinha esqueceu, é porque não havia aprendido. Talvez tivesse sido treinada, condicionada ou coisa que o valha a escrever e ler algumas palavras. Quem se alfabetiza com sentido, ou seja, quem entende primeiramente a função social da leitura e da escrita, não se esquece com essa facilidade.

Outra mãe que tem a filha também no primeiro ano me escreveu reclamando da escola, por ter enviado muitas lições para serem feitas nas férias. Mas, de quebra, contou que a filha leva duas horas diariamente fazendo lições de casa e, três vezes por semana, ainda faz acompanhamento psicopedagógico por indicação da escola, por apresentar "dificuldades na alfabetização".

Fico penalizada com a vida que essa menina (como muitas outras) está levando. Quando será que ela brinca? Brincar é uma coisa que, até os seis anos, a criança deveria fazer o tempo todo.

O ensino formal de leitura e escrita e o trabalho com números podem ser iniciados aos sete anos sem prejuízo algum para a vida escolar futura dessas crianças. Por que tanta pressa? Saber ler, escrever e contar antes dos seis, sete anos não significa absolutamente nada.

O que significa muito no futuro desenvolvimento do chamado processo de letramento é a criança aprender, desde bebê, o prazer da leitura. Contar histórias para ela, dar livros bonitos para ela brincar e "ler", conversar bastante com ela para que amplie seu vocabulário, ouvir com atenção as histórias que ela gosta de contar e brincar com os sons das palavras são alguns exemplos de como os pais podem ajudar no desenvolvimento de seus filhos.
Mas sem pressão, por favor! As crianças agradecem.

ROSELY SAYÃO é psicóloga e autora de "Como Educar Meu Filho?" (Publifolha)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Dani Marques: Meu nome é mãe e meu sobrenome é culpa!

O trecho da música “Dom de Iludir” (Caetano Veloso) que diz: “(...) cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é, não me olhem como se a polícia andasse atrás de mim (...)”, me fez refletir um pouco sobre esse tema.

Bom é através de um conhecimento empírico e não científico que digo essa máxima “toda mãe se sente culpada”! É claro que existe culpa em outros setores da vida, mas a culpa materna é visceral. Acho assim, pois acredito no desejo e na exigência cultural de termos que ser perfeitas. Mas é ai que entra a subjetividade e a riqueza da vida, o que é perfeito para mim, pode não ser para você, e mais, o que é perfeito para o mundo, pode não ser para a gente. E é ai que vêm o respeito que temos que nos policiar para ter para com o outro.

Para mim educação é uma questão muito séria, então de forma alguma estou fazendo uma apologia ao anarquismo materno. Só estou querendo mostrar que é possível ser uma mãe do jeito que você é. O ideal é utopia e o real, embora muitas vezes seja assustador é saudável.

Sabe de uma coisa meninas, eu não acredito na família “do – ré –mi”! É claro que quando decidimos ter um filho estamos assumindo uma grande responsabilidade, mas não é a de ser perfeita e educar um principezinho ou uma princesinha, acho a Fiona e o Sherek muito mais felizes, porque eles não são felizes só no final ! Eles tem momentos reais de alegrias, de tristezas, hesitações entre outros sentimentos. O mais importante para o filho é quando agimos com o coração e não quando temos resultados perfeitos. Às vezes, por exemplo, não dá para fazer aquela alimentação super nutritiva, as vezes não dá tempo de dar aquele banho ou até mesmo dar banho, também podemos esquecer vacinas e ter que dar atrasada !!! E daí? Foi por falta de amor?

Sabe de uma outra coisa a autencidade materna e paterna enriquecem, quando temos contato com sentimentos como: as tristezas, o choro e etc, estamos dando a oportunidade de humanizar nossos filhos, além de ensiná-los a lidar melhor com esses sentimento no futuro, afinal flores tem espinhos !!!!

Gostaria de deixar claro que não apoio de jeito nenhum a negligência, nem a omissão. Muitas vezes podemos ser pais e não assumir este papel, mas quando assumimos, não devemos idealizar a educação perfeita (que é o caminho direto para frustrações e a culpa), mas devemos nos comprometer com a formação e informação de nós mesmos.

A título de informação, na literatura, Maccoby e Martin (2000) classificaram dois tipos de estilos parentais: os exigentes (pais que estabelecem relação de controle, nos quais os limites e as regras são os principais procedimentos) e os responsativos (pais que são mais compreensivos e visam apoio emocional, além de flexibilizar o processo comunicação, favorecendo o desenvolvimento da autonomia e da auto-afirmação). Assim, pais com elevada responsavidade e exigência foram classificados como autoritativos; aqueles com baixa responsavidade e exigência foram tidos como negligentes; os muitos responsivos, porém pouco exigentes foram classificados como indulgentes e enquanto os muito exigentes e pouco responsivos foram tidos como autoritários. Interessante Né?!

Beijos até a Próxima ....

Tema: Meu nome é Mãe meu sobrenome é Culpa!

Lidar com a culpa é algo realmente complicado, toda mãe sonha em ser a Mãe Perfeita.

Já que a perfeição não existe, a culpa a substitui. Tudo bem, tudo bem, somos mulheres adultas, sei que deveríamos saber lidar com isso, porém na prática o resultado é esse, CULPA, CULPA, CULPA!

E se não nos culpamos pode ter certeza que sempre haverá alguém pra fazer isso pela gente, a sogra, a “mãe”, o marido, a amiga, a vizinha, a bisbilhoteira, a invejosa e por aí vai...

Toda vez que penso em culpa me lembro da primeira pergunta que o terapeuta faz quando você inicia uma sessão para resolver seus problemas mais íntimos: - Como é a sua relação com sua mãe? Aaaaaahhhhh!!!

Não posso afirmar, pois não sei como era ser mãe no século passado, se fui não me lembro, mas acredito que hoje em dia é muito mais difícil! Nossas cobranças são maiores, hoje a mulher trabalha, tem vários outros afazeres e a falta de tempo com os filhos é o principal motivo para que ela se culpe eternamente!

Essa afirmação pode não servir para todas, mas para maioria tenho certeza que sim. Mesmo aquelas que se julgam as super mães no fundo no fundo nos passam uma mensagem subliminar de insatisfação.

Afinal, como podemos lidar com esse fantasma e nos tornarmos pessoas mais leves, mais felizes, sem tanta cobrança, sem nos tornarmos omissas?

Boa semana a todas,

Beijo grande no coração,

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Alimentação saudável para as crianças: receitas práticas para fazer em casa

Legumes Teriaki

Ingredientes:
8 bastões de cenoura 0,5 x 5cm
8 bastões de batata 0,5x5cm
8 bastões de mandioquinha 0,5x5cm

Molho:
Shoyu Sakura normal 1 copo
Mel ½ copo
Gengibre 2 rodelas de 0,5cm de espessura
Cebola média 1 unidade cortada em 6

Preparo: Numa panelinha coloque o shoyu, o mel, o gengibre e a cebola. Ponha para ferver em fogo alto e depois diminua para fogo médio. Deixe engrossar até ponto de fio (aproximadamente 5 min), tire do fogo, retire a cebola e o gengibre e reserve. Cozinhe os legumes separadamente em água quente até ficarem cozidos - porém crocantes. Retire da água e divida-as igualmente em 4 porções. Coloque 2 colheres de sopa do molho sobre os legumes e sirva como guarnição do prato preferido do seu filho


Bolinho de Legumes

Ingredientes:
½ copo de cenoura cozida e amassada com garfo
1 copo de mandioquinha cozida em cubos e amassada com garfo
100 gramas de folhas de espinafre cozidas (1 min), espremidas para tirar o excesso de água e picadas
¼ copo de cebola em cubos pequenos
1 colher de chá de alho picado
1 colher de chá de açúcar
2 colheres de sopa de farinha
1 ovo
Sal e pimenta do reino a gosto
Farinha de rosca para empanar

Preparo:
Em uma cuba misture todos os ingredientes. Acerte o sal e pimenta do reino (só seus filhos tiverem mais que 6 anos). Faça bolinhas de aproximadamente 5cm e passe na farinha de rosca. Frite em óleo quente até dourar. Retire do óleo e coloque sobre 3 folhas de papel toalha para drenar o excesso de óleo. Sirva morno para as crianças


Estrogonofe Thai com Legumes

Ingredientes:
300 gr de peito de frango cortado em filezinhos
1 colher de chá de alho
1 cebola média picada
1 lata de milho cozido drenado
1 lata de ervilha drenada
1 copo de cenoura em cubos pequenos pré cozidos
1 lata de creme de leite
1 copo de água
½ copo de ketchup
1 colher de sopa de açúcar
2 colheres de sopa de salsinha
Sal a gosto

Preparo:
Em uma panela média em fogo alto refogue a cebola e o alho. Quando começar a dourar, acrescente o frango e refogue por uns 4 minutos em fogo médio. Acrescente o milho, a ervilha e a cenoura e mexa por 1 minuto. Coloque o creme de leite, a água e o ketchup e deixe levantar fervura, que deve levar 3 minutos. Adicione o açúcar e o sal. desligue. Salpique a salsinha e sirva quente acompanhado de arroz branco ou integral.

Fonte: Revista Crescer

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Eu sou mãe da Júlia de dez anos e do Lorenzo de nove meses e vivi com minha primeira filha experiências distintas em cada fase do seu desenvolvimento no quesito alimentação.

Enquanto ela era bebê sofri horrores porque quando chegou a fase da papinha ela só queria tomar o leite e comer a fruta. Todo santo dia era a mesma história, eu fazia a sopinha e se não quisesse jogar fora eu mesma comia. Resultado: quando ela completou um ano, estava magrinha porque só o leite e a fruta não estavam suprindo as necessidades fisiológicas dela.

Somente quando chegou a hora de experimentar a alimentação da família ela começou a comer bem. Daí pra frente não tive mais problemas, no entanto, até chegar nesta fase foi muito difícil, eu vivia angustiada e ainda tinha que ouvir milhões de palpites que mais pareciam acusações da família inteira. Parece que todos queriam arrumar um culpado para a situação e adivinha: a mãe é sempre a culpada!

Hoje enfrento outro tipo de dificuldade com a Júlia. Depois do nascimento do Lorenzo senti que ela ficou bastante enciumada e ansiosa e descontou tudo na comida.

Nunca foi preciso discipliná-la com relação a ingestão de doces, bolos e biscoitos porque ela nem ligava. Comia bem o que era saudável com pequena resistência à salada. Agora, infelizmente tive que intervir na sua rotina alimentar porque ela continuou a comer bem o que já comia e passou a comer as “bugigangas” indiscriminadamente.

Percebi também que o fato de a Júlia começar a freqüentar a casa de uma amiguinha em especial alterou de forma extremante negativa seus hábitos alimentares.

Confesso que às vezes me sinto culpada, pois o nascimento do Lorenzo absorveu muito do meu tempo e com meu marido fora o dia todo era sempre ela que tinha que esperar para ter atenção ou para ser atendida. Sei que a chegada de um irmãozinho altera a rotina da casa toda e que essas mudanças podem trazer algum tipo de desconforto para a criança mais velha, mas como enfermeira e mãe, me preocupo porque não é recomendável a criança entrar na adolescência acima do peso, pois fica mais difícil de trazê-la de volta para o peso ideal. A literatura científica é bem clara neste sentido.

O que tenho feito agora é direcionar melhor a alimentação dela e gerenciar melhor a qualidade da comida que entra em casa. Claro que em tempos de Páscoa, você até tropeça em chocolate dentro de casa, mas não tem problema, tem hora pra comer de tudo, inclusive o doce. Além disso, a Júlia está fazendo escolinha de basquete que é uma atividade bastante aeróbia além de exercitar a mente e contribuir para disciplina e os relacionamentos interpessoais.

Quanto ao meu caçulinha, até agora só tive alegrias. Bem, exceto pelo fato dele ter abandonado o leite materno aos quatro meses está tudo bem. Agora até entendo melhor, pois o leite era meio escasso e acho que ele não gosta de miséria.....rsrsrsrs

Brincadeira, outros fatores relacionados com a saúde dele estiveram envolvidos neste processo e oportunamente, quem sabe, podemos discutir a respeito.

Ele é um fofo come muito bem tudo que foi oferecido em cada etapa da introdução dos alimentos. Deus permita que prossiga assim.

Quando os pais têm bons hábitos alimentares é mais fácil disciplinar a criança neste sentido, no entanto, ela fatalmente sofrerá influências externas principalmente quando começa a freqüentar a casa dos amiguinhos e a ter acesso a cantina do colégio.

Noto que a grande maioria das mães tem dificuldades com a aceitação dos legumes pelos pequenos. Eu tenho um pouco com a Júlia e além da sopa milagrosa com tudo dentro que a gente tem sempre que fazer, experimentem fazer patê de legumes. Normalmente eles adoram, inclusive para levar para o lanche na escola.

Os ingredientes são: meio quilo de tomates, 200 g de azeitonas, 3 cenouras, meio pimentão vermelho ou amarelo, meia cebola, 2 gemas, um “punhadinho” de espinafre cozido, meia xícara de leite (dissolver 2 colheres de sopa de amido de milho) e 2 colheres de sopa de óleo . Tempere com sal e pimenta do reino a gosto, salsinha e cebolinha. Bata todos os ingrediente no liquidificador e leve ao fogo para cozinhar até desprender do fundo da panela. É uma delícia e dá para dar uma variada nos legumes se quiser.

Um grande beijo a todas mamães.

Dri.

Aqui em casa é tranquilo!

Oi meninas!

Sou a Débora, mãe da Mayara de 4 anos e do José Guilherme de 3!

Alimentação é um assunto tranquilo, as crianças são ótimas, bons de boca mesmo!

A Mayara não dispensa um belo prato de feijão com arroz e adora "verdinho" (como ela mesma diz): alface, couve, brócolis... E come tudo! Se a noite tiver lanche em casa, tem vezes que ela até reclama...



Já o Gui não come tudo, em compensação ama frutas! Melão, melancia, uva, goiaba, laranja, morango, maça (com casca e sem cortar!). Nesse verão ele comeu em média 3 tipos diferentes de fruta por dia!




Claro que tem dias que eles não estão muito a fim, daí não encano. Sei que na próxima refeição eles devem comer bem.

Só não aceito que 10 minutos depois de terem recusado ou comido pouco que eles peçam leite, pão, bolacha... A única exceção é se estão doentes... Daí se não querem almoçar mas aceitam um leite morno, uma bisnaguinha com requeijão, preparo na hora!

Bala, salgadinho, biscoito de polvilho, refrigerante, eles gostam e eu deixo eles comerem. Mas não todo dia, e também dou uma regulada para não exagerarem.

Fico feliz por eles aceitarem e comerem a maioria dos alimentos porque eu dei bastante trabalho prá minha mãe... Eu simplesmente não comia, não gostava de nada...

É isso, meninas! Um pouco da nossa rotina eu dividi e adorei! Prometo escrever mais!!!

Grande beijo para todas!

Deb.

domingo, 1 de maio de 2011

Come, come, come, pra mamãe ficar feliz...

Olá, queridas!

Bem, pra começar vou adiantando que este post tá um POSTÃO! Então vou fazer logo o meu jabá, pois vai que você não aguenta chegar até o fim... rsrsrsrs!! Na verdade eu preciso contar uma realização da qual estou muuuuito orgulhosa, como profissional e como mãe também!

A Avon acaba de relançar o site da sua linha Baby. E eu criei duas canções de ninar totalmente inéditas para fazer parte deste site, como trilha e também para download!! É só acessar o www.avonbaby.com.br e ir até a seção músicas de ninar.

Espero que vocês gostem - e que os seus filhotes tenham bons sonhos com as minhas musiquinhas!!!

E agora, o postão da alimentação kkkkk!!!

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Ufa! Faz tempo que eu queria passar por aqui para contar minhas experiências até agora com a alimentação do Tiago. Este tema me fez refletir bastante, porque hoje eu olho pra trás e vejo que sou uma mãe muuuuito diferente da que eu imaginava que seria, em termos de alimentação.

Pra começar, preciso dizer que Tiago come muuuito bem! Não sei se isto é mérito meu, ou se ele é mesmo uma draga ambulante rsrsrsrs! Das frutas mais azedas aos legumes mais insossos, o bichinho RÓI TUDO!

No começo eu fiquei meio em pânico. Não tinha ideia de como se fazia uma papinha - e achava lindos aqueles sites com duzentas mil receitas especiais... Mas não conseguia me encaixar neste perfil mãe-nutricionista, até porque não sou nenhuma chef!

Quando chegou a época, a pediatra recomendou ir misturando tudo. Cada sopa tinha três cores de legumes, alho, cebola, um carboidrato e uma carne - de vez em quando até folha ía na panela. Aos poucos fui achando aquilo divertido e comecei a acrescentar quiabo, berinjela, beterraba...

Claro que ele às vezes torcia o nariz pras minhas gororobas. Mas fomos aprendendo juntos a preparar e a comer - eu AMO papinha kkkk!

Aos poucos a alimentação foi mudando e eu percebi que sou uma mãe bem liberal. Adoro que ele prove sabores novos, mesmo quando me dizem que "isso não é coisa pra criança"! Acho que essa história de batatinha e cenourinha é um tédio! Meu filho come bife com cebola e adora!

Quanto às besteiras, aqui em casa a gente não é muito chegado. Tentei adiar ao máximo o encontro dele com refrigerante - e quando ele provou, detestou! Mas de vez em quando toma um gole e se acha o máximo bebendo "colacola"! A gente vê que ele faz uma cara horrenda, mas bebe só pra se mostrar!

Chocolate tem sempre em casa e eu dou algumas vezes na semana. Biscoito também, danoninho, flans e danetes... Minha postura com relação a estas coisas é a seguinte: pode comer quando eu der. Não deixo uma caixa de bombons aberta em cima da mesa, mas ofereço de vez em quando e ele adora. Sem traumas.

Vejo outras meninas planejando cardápio e às vezes acho que sou muito desleixada! O que procuro fazer é observar o que o Tiago anda comendo e variar na medida do possível. Se comeu ovo hoje, amanhã não come. Se comeu carne, amanhã tem franguinho ou peixe. Compro legumes e frutas variados e vou oferecendo cada dia um ou dois.

Quando ele fica mais chatinho, invento sopas, árvores de brócolis, carinhas desenhadas com tomates picadinhos e até uma sobremesa surpresa para motivar. Aqui em casa tem chantagem alimentar sim, confesso! Mas sem traumas. Afinal, quem é que não gostaria de comer tudo e depois ganhar de brinde um pratinho com um desenho todo feito de confeti? Rsrsrsrsrs!!

Nós também vamos ao McDonald's sem medo e o Tiago ama as batatinhas. Aí entra outra postura nossa: radicalismo só provoca atração pelo proibido. Se eu disser que ele nunca vai comer aquelas coisas, mais tarde ele vai ficar viciado nelas, de tanto pensar!

Em vez disso, tratamos o junk food como coisas gostosas que a gente come de vez em quando, quando sai pra se divertir e passear. Não comemos todo dia, porque é comida de passeio e não "refeição". Foi assim com a gente quando era pequeno e funcionou muito bem!

Graças a Deus, preciso dizer que tenho uma ajudante excelente em casa. Só assim é possível variar o cardápio e oferecer coisas gostosas que fazem bem - e as que não fazem bem também!

Acredito que precisamos conhecer todos os sabores, para que depois, sabendo o bem e o mal que cada comida faz, possamos escolher o que é melhor para nosso corpo.

Tiago está formando seu paladar e esta experiência é sempre bem prazerosa pra ele - depois vamos ensinar nosso filhote a SELECIONAR.

Ah! Só mais uma coisinha: aqui em casa tem sempre papinha Nestlê! Desde novinho o Tiago AMA todas elas. Eu acho que as salgadas têm cheiro de sardinha velha... Mas ele adora! Considero os potinhos como o meu "porto seguro". Quando não tem comida nova em casa ou eu estou sem tempo / saco de preparar algo fresquinho, lá vai potinho! Quando a gente está na estrada ou na praia e não sabe muito bem a procedência da comida, lá vai potinho! Até quando vamos sair, pra um restaurante ou pra casa de alguém. Tiago tem seus horários e pode muito bem manter sua rotina nestas ocasiões - com os benditos potinhos!

E a última - prometo! - consideração é sobre a água. Fico abismada quando vejo crianças que bebem suco, refrigerante, chá... Mas não bebem uma gota de água! Acho que isso é porque na minha família sempre fomos estimulados a beber água. Não consigo viver sem!

E nós trabalhamos isso no Tiago desde cedo. Hoje ele PEDE água várias vezes por dia - e eu faço questão de ter sempre à mão uma garrafinha e ir oferecendo de tempos em tempos, mesmo que ele beba só um gole. Água é hábito. E nosso pequeno já adquiriu este hábito - graças à mãe pentelha aqui!!

Bom, meninas, agora chega, né?

Prometo passar uns dois meses sem dizer nada kkkkk!!

Aliás, mentira! Claro que vou passar aqui domingo que vem pra deixar um beijo pelo NOSSO dia!!!

Boa semana pra todas e pros seus filhotes também!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

A Sra Roda dos Alimentos

Era uma vez uma senhora muito redondinha… esta senhora era muito redondinha e muito brincalhona. E sabem qual era a sua brincadeira preferida? Ela adorava brincar com todos os alimentos: com as cenouras, com a maça, com a cebola, com o nabo, com a abóbora, com o morango, com a couve-flor, com a alface, com a água… com as cerejas, com o ananás, com o pepino, com o pão, com o leite, com o iogurte, com o queijo, com os ovos, com o azeite, com a manteiga.

Certo dia, andava a senhora muito redondinha na sua brincadeira quando decidiu fazer um jogo com todos os alimentos. Os alimentos gostaram muito da idéia, porque também adoravam brincar. Então, a senhora muito redondinha pediu a todos os alimentos que estivessem com muita atenção para explicar o jogo:

- Todos os alimentos do mesmo grupo ou família vão juntar-se para formar um grupo – explicou a senhora muito redondinha.

- Vamos jogar? – perguntou a senhora roda.

- Sim – responderam todos os alimentos em coro.

De repente, gerou-se uma grande confusão, porque uns alimentos queriam ficar no mesmo grupo e outros não sabiam para onde haviam de ir…

A senhora roda voltou a explicar que só podiam ficar no mesmo grupo, os alimentos parecidos, por exemplo, a maçã, a pêra e outras frutas formavam um grupo…

As cenouras, as couves e outros legumes formavam outro grupo…

A massa, o arroz, o pão, outro grupo…

O leite, o queijo, os iogurtes outro grupo…

O feijão, o grão, as ervilhas formavam outro grupo…

Os ovos, a carne, o peixe juntos formavam outro grupo..

O azeite, a manteiga, o óleo outro grupo..

Depois desta explicação, os alimentos começaram a juntar-se em grupos…

Assim, a maça, o morango, a pêra, o ananás e as cerejas juntaram-se e formaram o grupo das frutas.

A seguir, o tomate, a cenoura, o pimentão, a couve-flor, a alface, a cebola, a abóbora, o nabo, o pepino juntaram-se e formaram o grupo dos legumes.

Depois, a massa, o arroz, as batatas e o pão formaram o grupo dos hidratos de carbono.

O feijão, o grão, as ervilhas formaram o grupo das leguminosas.

O leite, o queijo e o iogurte formaram o grupo dos lacticínios .

Os ovos, a carne e o peixe formaram outro grupo, o das proteínas .

O azeite, a manteiga e o óleo formaram o grupo das gorduras.

Mas sobrava um alimento… a água. A senhora roda explicou que a água era muito importante e ficava nomeio de todos os outros grupos, porque todos os alimentos são constituídos por água.

Quando todos os alimentos estavam juntos em grupos, a senhora roda dos alimentos explicou que cada grupo era muito importante e que se devia comer um pouco de todos os grupos, comendo mais dos grupos maiores e menos dos grupos mais pequenos.

Autora: Raquel Martins
Site www.educaçãodeinfancia.com

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Dilemas da boa alimentação

Olá meninas,

Eu sou a Claudia, mãe da Maria Fernanda de 7 anos.

Tenho acompanhado vocês e estou adorando o Blog, só agora consegui escrever. rsrs...

Bom, Alimentação sempre foi um dilema aqui em casa, desde a amamentação sofro com a Maria Fernanda, não consegui amamentar, a Maria Fernanda já saiu da Maternidade tomando NAN, lá descobri que o bico do meu peito era muito pequeno, pra dentro mesmo e ela não conseguia sugar, o leite não descia, fizeram exame e constataram que ela estava com a glicemia baixa, introduziram o NAN lá mesmo mas pediram pra eu insistir em casa, tentei por mais três dias até ver a boca da minha filha cheia de sangue e com casca de ferida, isso porque meu marido precisava segurar ela pra mim, pois tinha que segurar com as duas mãos o travesseiro tamanha era a dor que sentia.

Depois começamos o processo da não aceitação dos alimentos, desde a primeira papinha, nunca foi fácil, ela só queria saber da mamadeira. Sempre me culpava, achava que estava fazendo algo errado, não era possível aquela menina não querer comer nada!

Sou bastante Natureba, talvez por tal motivo estou tendo que romper minhas próprias barreiras, paradigmas e pré-conceitos com minha filha. De tanto não aceitar os alimentos "saudáveis", só querer mamadeira e não engordar o suficiente, acabei introduzindo bolacha, pão, danone, batata frita, coisas que ela adora! Coca-Cola algo que abobino, ela ama! Suco Natural nem pensar! Fruta então esquece, sua comida predileta é arroz com batata frita. O máximo que consegui fazer com que ela comece foi salada de tomate, uma vez na vida.

E se ela fosse mega saudável tudo bem, o pior é que já teve duas pneumonias e tem bronquite alérgica.

Peso ideal? Nunca chegou, sempre abaixo! Mas, é uma menina linda, inteligentíssima, carinhosa... Só não gosta de comer alimentos saudáveis! E o que eu faço? Ou opto pelo não tão saudável ou ela não come nada!

Agora, ofereça pra ela Fandangos, Trakinas, batata frita, coca-cola, pipoca, bala, chocolate pra ver se ela não aceita...

No final acho que é pra eu aprender algo mesmo, só pode!

Muito bom estar aqui participando com vocês.

Beijos,

Claudia

Alimentação sem neura

Meninas, a coisa esta beeeeeeeem parada por aqui!
kkkkk nao culpo ninguem porque sabemos como eh dificil e as vezes a rotina nos engole!!!

Vou tentar postar nos assuntos antigos que deixei passar tambem, porque fala serio... LIMITE eh algo que nao da pra ignorar!!!

Sobre a alimentação, aqui em casa ela é SEM TRAUMA!

Nem no primeiro, nem no segundo filho.... nunca segui exatamente a risca e cheia de regras o que o pediatra, mae, sogra, amigas, tias, babas e etc falavam...

Eu mesma sempre fui pessima pra comer... entao por isso, respeito bem o gosto e o paladar dos meus filhos... Aqui em casa não tem obrigações nem proibições... mas eu tento achar um meio do caminho...

Por incrivel que pareca os dois sao super BONS DE BOCA!
O mais velho tem como alimento preferido o TOMATE, e o mais novo... PEDRA!
sim... pedra do vaso de planta!!!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Claro que quando eu vejo, eu tiro... mas vcs pensam que eu entro em paranoia? passei um saco de lixo com durex em volta do vaso, e assim, evito que ele coma pedra demais.. mas algumas escapam... fazer o que? rsss

Mc donald a gente vai de vez em quando... mas meu filho eh mais fissurado pelo brinquedinho do que pela comida em si...e como la eu so como nugget com batatinha... acaba sendo menos critico do que aqueles sanduiches enormes... ou nao?!?!?!

O pequenininho ta na fase da sopa... e semana passada eu fiz a PRIMEIRA SOPA DE CRIANCA DA MINHA VIDA!!! sim... porque meu primeiro filho so comia papinha nestle... e eu pensava... a nestle faz papinhas a muito mais tempo que eu... logo fazem muito melhor!!! rsss

Sempre defendi a alimentação sem neura.. quer comer.. come.. nao quer.. fica com fome...
nao compro muito biscoito recheado, nao faco muito bolo, toddinho e danoninho tem umas 2 ou 3 vezes por semana.... agua de coco e suco é a preferencia nas refeicoes... mas cachorro quente so come com um copo de guarana junto! Acho que tá ok... ta razoavel... bemmmm aceitavel!!!

Meninas, fui rapidinha.... mas eh que ainda tenho que bater os legumes que cozinhei e estao na panela!!!

Beijoss e boa semana pra todas!!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Tema da Semana: Alimentação e seus dilemas

Olá queridas mamães,

A semana de Páscoa pelo jeito foi corrida para todas né? Semana muito curta com criança realmente complica!

Pra mim também foi Pank! Vamos ver se conseguimos retomar nossos Bate Papos?

Vamos continuar essa semana e pela semana que vem também com o Tema que não conseguimos abordar: Alimentação. Só que agora mais abrangente, além do Tema que lancei a semana passada, vocês também podem comentar sobre suas experiências e frustrações em relação a alimentação com os pequenos, eu por exemplo estou vivendo dois dilemas, um com a Ana Clara que insiste em não aceitar nem um tipo de legumes! O outro com o Vinícius que iniciou a fase da papinha e não quer aceitar de jeito nenhum! Socorroooo!! Ai meu Deus como é difícil! E não adianta dizer que não precisa se preocupar, que ele vai pegar e coisa e tal, pois não consigo!

E assim vamos levando, aprendendo, tropeçando, tentando, sofrendo, sorrindo... e vamos que vamos!

E aí, vamos papear?

Beijo enorme a todas,

domingo, 17 de abril de 2011

Tema da Semana: Alimentação

Olá queridas mamães,

Esta semana falaremos sobre um Tema delicioso: Alimentação.

"Chocolate, refrigerante, batatas fritas e outras porcarias".

Dar ou não dar? Proibir? Evitar? Desencanar? Como cada uma lida com isso e porquê?

E pra semana que vem já vão se preparando, pois continuaremos nesta linha, só que com receitas hiper, mega, saborosas e nutritivas para os pequenos que não suportam ouvir falar em verduras, legumes e afins...

Caso alguém ainda queira contribuir sobre o tema limites, continua aberto.

Dentro de sua linha, seja ela natural ou Fast Food, desejo uma semana recheada de delícias.

Beijokas,

Com ou sem limites, educar é difícil!

Olá meninas !

Com ou sem limites, educar é muito difícil, principalmente com o primeiro filho.

Eu digo sempre que nasci para ser mãe, amo minha filha.

Fui criada somente pela minha mãe, ela nos criou muito bem, claro que de acordo com as educações de antigamente, mais severas, rígidas, porém com muito amor.

Sem perceber, acabo sendo rígida demais com minha pequena, as vezes me policio com isso.

Quando a Lelê começou a crescer, fui buscar orientação, informação de como a educaria. Minha amiga Gelita (Gê), me ajudou muito nesse processo, a Ana Clara é 10 meses mais velha que a minha, assim tinha mais experiência e me deu dicas, como livros, sites. Foi maravilhoso, comecei aplicar na educação e na criação. Entendia certas atitudes dela e sabia como agir.

Minha mãe também colaborou bastante, apesar de ser uma educação diferente do que ela teve conosco, ela respeitou e seguiu as minha orientações, acreditou em mim, afinal a filha é minha .... rsss ! Claro que teve algumas coisas que ela não concordava, mas cumpria.

Limites pra mim é essencial. Acredito que é necessário. Limites para a Lelê começou cedo, com meses ainda.

Birra!? o que é isso, porque minha filha não teve essa fase. Até hoje converso muito com ela, ela me respeita e age de acordo com o que eu falo.

Sinto muito orgulho de mim .... rss Minha filha é educada, amorosa, comportada. Onde vai recebo elogios.

Acredito que estou no caminho certo !!!!!!

Beijos à todas.

Olá colegas de blog!

O assunto da semana é excelente! Talvez, o mais importante na educação das crianças.

Bem, se o processo educativo tivesse receita, eu compraria....mas como não tem, fiz a minha própria, coitados dos meus filhos...rsrsrs

Então, respondendo á pergunta do tema...não, não tenho receio algum de impor limites para os meus filhos . Acho que é melhor tratar o trauma depois de quem teve limite do que tratar um sem limite.

Ninguém cresce sem dor, somente preciso fazer a opção de qual tipo de dor os meus filhos irão passar.

Não tenho medo de criança chorando, contrariada e nem vergonha do que os outros vão pensar quando meus filhos dão – ou darão - um escândalo em praça pública.

Expectador, escola e professor são transitórios na vida de uma criança. A responsabilidade dos pais é para sempre. Educar dá um trabalho danado, mas experimenta não fazer....

Minha maior vigília é para não criar mecanismos de compensação com meus filhos Muito relativismo nos faz perder a noção do absoluto. Se não é hora de comer besteira, não vai comer. Se não é data de ganhar brinquedo, não vai ganhar e pronto.

Para ter isso mais no meu controle, sempre combino as condições do passeio antes de sair de casa. Facilita e-nor-me-men-te. Não vamos comprar brinquedo, não precisa chorar na hora de ir embora, etc. Se decidir chorar, não vou ficar mais 10 minutos para amenizar, pois passado o tempo, vai chorar do mesmo jeito.

No mercado, pode escolher uma coisa, sem problema. Mas se pegou um Bis e depois quer amendoim, tem que devolver o Bis, ele decide o que levar, desde que seja o combinado, um item.

Sou muito carinhosa, atenciosa, papatipatatá. Mas sou muito firme, não posso abrir mão desse papel. Tenho certeza absoluta de que cometo uma montanha de erros, mas nunca escolho o caminho mais fácil. Eu sempre explico os porques daquela demanda, daquele limite, não tenho preguiça de fazer isso. Mas entendendo ou não, a minha posição não muda. Quando vai para o castigo, sempre me certifico de que ele saiba o porque.

Nosso lema aqui em casa é o seguinte: se não aprender ganhando, vai aprender perdendo. Eles tem que crescer percebendo esse conceito. Filho não pode manipular os pais, esse será o monstrinho do futuro, o desserviço para a sociedade. Eu e o meu marido somos muito unidos nisso, aqui em casa não tem isso se um não der o outro vai dar. Não tem o pai mauzinho e a mãe boazinha, ou vice-versa. Agimos em bloco! Não nos permitimos a esse tipo de papel, que só deixa a criança confusa e que vai sempre deixá-la insuportavelmente insistente, pois uma hora ela vai acabar conseguindo o que quer.

Se tenho medo de que eles não me amarão pela minha maneira de educar? Nem um pinguinho.

Temos uma missão enorme com a vida dos nossos filhos. Muito maior do que dar comida, escola, carinho e brinquedo. Hoje meu filho mais velho está com 4 anos e o mais novo com 8 meses. Amanhã ele estarão maiores do que eu. Não posso carregá-los no colo ou nos ombros a vida toda. Quero carregá-los no coração.

Um beijo a todas!

Renata.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Tem que ter coragem!

Educação é algo realmente complicado, achei que o Tema daria mais “Ibope”, talvez não tenha vingado por conta de tantas controvérsias sobre o assunto.

As mães que são mais enérgicas têm medo de expor sua opinião, com razão, já que hoje em dia tem neguinho querendo prender gente de bem.

As vezes fico imaginando a cena:

- Filho pega o telefone e liga pra polícia:

- Quero fazer uma denúncia!

- Contra quem?

- Minha mãe!

- Porque?

- Me deu um tapa na bunda e me mandou ir para o quarto ficar de castigo!

- Porque?

- Porque eu soquei a cara do meu professor que ousou achar que pode me dizer o que fazer.

Mais ou menos por essa linha...

Existem outras que são mais permissivas e também não querem se expor por acharem que podem ser tachadas como mães que educam mal... e por aí vai.

O fato é que, ninguém sabe ao certo se está agindo certo ou não. É preciso ter coragem!

Não existe receita.

Eu particularmente sou mais a favor do excesso de limites do que da falta deles.

Prefiro fazer meus filhos chorarem hoje para que eles não me façam chorar amanhã.

Tendo seguir o meio termo, sigo como exemplo a educação que tive em casa, as vezes gostaria de ser mais firme como minha mãe, mais enérgica, incisiva! Com aquela sensação de certeza de que estou agindo certo! A mesma que minha mãe sempre me passou.

Sabe qual é o mal hoje em dia? O excesso de informações! Muita gente metendo o bedelho onde não é chamado! Quanto mais informações temos, mais confusos ficamos e com isso vamos nos perdendo no meio do caminho...

Coragem pra nós!

Beijos, beijinhos e beijões,



P.S. Semana que vem prometo pegar mais leve! Rsrsrs...

Falta limites? De quem, crianças ou adultos?

Muitas famílias me procuram para conversar a respeito de limites e de uma tal de “agressividade” infantil. Trazem os mais diferentes relatos de espancamento, cusparadas, mordidas e empurrões. Falam dos escândalos em lugares públicos, em festas de crianças, na porta da escola... Sempre se perguntam se a criança tem algum problema, se esse comportamento acontece também no espaço escolar. Sempre trazem a mesma questão: como colocar limites? Como fazer para a criança obedecer e se tornar educada?

São dois pontos importantes e que estão ligados a dois aspectos: um de ordem conceitual, pois existe um modelo de criança esperado pelas famílias, portanto, uma concepção de infância, e outro, de ordem “prática”, que está relacionado ao conceitual, que dirá o que fazer nessas situações.

A primeira coisa que a escola pode fazer para ajudar as famílias é mostrar que é bem possível que o que se espera do filho ou da filha é demais para eles. É tentar fazer com que as famílias construam uma imagem do filho sem estar colada à imagem da criança ideal. Sai a pressão, a conformidade da conduta, entra a criança, colocada na família específica.

Uma vez feito isso, é muito importante que desfaçamos algumas idéias de autoridade. Autoridade não é uma relação construída sem respeito, sem integridade. Autoridade é firmeza, paciência e persistência nas palavras.

Muitas famílias outorgam às crianças poderes de adultos. Escolhem se vão viajar ou não, se vão sair à noite ou não, escolhem os próprios castigos e até se querem ir à escola. Criança não pode fazer isso. Não pode porque é função do responsável por ela. Isso não é criar uma relação democrática, entre iguais. Isso é colocar um peso que o corpo e a mente da criança não suportaria! Isso é deslocar o papel de pai e mãe para uma instância fora do que seria uma referência para as crianças. Outra coisa: pais e mães, e professores também, devem aprender o valor afetivo do “não”. Um não que acolhe, um não que oferece limites, um não que educa. É mais difícil para as crianças conviverem com o não do que com a ausência dele. Já vi diversas vezes mães e pais, depois de uma cena de escândalo de seus filhos, que não conseguiram o que queriam, voltarem atrás e dizerem: “Só dessa vez!”. Isso é ausência de autoridade.

Muitos familiares, para evitar cenas de birra em público, acabam cedendo às pressões dos filhos e filhas e, com isso, prestam um desserviço à educação dos mesmos. Depois de um tempo, de tomar tanto na cara, pais e mães perdem a paciência e partem para a autoridade que não queriam ter: revidam a desobediência com os mesmos tapas e gritos das crianças.

Bem, em escola, é bem comum ver aquelas crianças que batem mais, que resolvem seus conflitos de forma mais corporal, ou seja, com tapas e pontapés. Ou crianças que tentam, por meio de gritos e choros, conseguir o que querem. Isso não pode ser “uma coisa de criança” e simplesmente deixar acontecer, pois seria pensar a criança como aquele ideal infantil. Isso deve ser resolvido. Se ela sempre bate nos amigos, o professor deve fazer algo com ela. Sem castigos ou coisa do gênero. LIMITES! Sinto que muitas escolas e muitos professores têm medo de dizer não, de colocar limites também. Isso não pode acontecer. Se escola é um espaço repleto de regras, é repleto, portanto, de transgressões, então, a mesma deve se preparar para lidar com isso. De forma clara e direta, sem rodeios.

Clareza é a chave para o sucesso! Ser franco e direto alivia a criança da angústia das decisões tardias dos adultos. As crianças precisam de limites no momento que os pedem. Fica mais fácil para aprender, fica mais fácil para crescer. Colocar limites é fundamental para que construam um espaço, digamos, assim, geográfico das relações sociais.

À medida que as crianças crescem, percebo que as intervenções das famílias precisam ser repetidas diversas vezes. É isso mesmo, repetir até ficar diferente. O fato da criança voltar, vez ou outra, à mesma atitude, pode não significar que ela não aprendeu, ou não entendeu, mas sim que ainda precise checar algumas situações e ver como os pais e mães se colocam frente a elas e como as pessoas reagem quando age dessa forma. Não adianta ameaças e ceninhas, as crianças precisam de ação. O que pode, pode, o que não pode, não pode e pronto. Elas esperneiam, choram, mas todos sabem o fim, é preciso ser firme e ter paciência.

Criança gosta de repetir as coisas. Assiste ao mesmo filme diversas vezes, pede para contar a mesma história sempre, gosta de brincar das mesmas brincadeiras. Repetem para aprender, para elaborar e construir uma idéia de mundo. Muitos familiares dizem que já tentaram de tudo para fazer com que seus filhos ou filhas parem de bater, de falar palavrões, de dar pontapés. Perguntam-me qual é o problema... querem levá-los ao médico, fazer ressonância da cabeça. Digo que o problema é que tentaram de tudo... e não uma coisa apenas.

Não adianta fazer malabarismos na educação de crianças. É preciso ter firmeza nas palavras, fazer valer diante das situações. Colocar a regra e que tipo de intervenção irá acontecer quando ela for descumprida. A criança vai checar para ver se ela continua valendo, se o pai e a mãe realmente sabem o que fazem e dizem. Existe família que acha que isso é pouco caso, repetir a mesma bagunça... mas não é não, muito pelo contrário... é por fazer muito caso, é por dar muita importância, que a criança repete as cenas.

Na verdade, podemos dizer que a tal “agressividade infantil”, ou coisa que o valha, é, muitas vezes, um pedido de socorro. Um pedido pela presença do adulto, um pedido que deve ter começado lá atrás, desde cedo, e que as famílias não souberam ou não quiseram ler. É preciso também colocar limites nas ações dos adultos, pois eles são os únicos responsáveis pelas crianças que cuidam.

Quando aprendemos a ler as crianças e sempre colocamos as coisas nos lugares, conseguimos identificar melhor o que acontece realmente com elas, ou seja, quando é um pedido de socorro e quando é um ato violento. Por isso, pais e mães devem se aliar às escolas para entenderem e se formarem melhor quando o assunto é limites. Devem conversar bastante com professores para perceber quais comportamentos também fazem parte da vida da criança, pois, se na escola é tão diferente do que acontece em casa,... algo está dissonante!

Marcelo Cunha Bueno

Revista Crescer