Eu sou mãe da Júlia de dez anos e do Lorenzo de nove meses e vivi com minha primeira filha experiências distintas em cada fase do seu desenvolvimento no quesito alimentação.
Enquanto ela era bebê sofri horrores porque quando chegou a fase da papinha ela só queria tomar o leite e comer a fruta. Todo santo dia era a mesma história, eu fazia a sopinha e se não quisesse jogar fora eu mesma comia. Resultado: quando ela completou um ano, estava magrinha porque só o leite e a fruta não estavam suprindo as necessidades fisiológicas dela.
Somente quando chegou a hora de experimentar a alimentação da família ela começou a comer bem. Daí pra frente não tive mais problemas, no entanto, até chegar nesta fase foi muito difícil, eu vivia angustiada e ainda tinha que ouvir milhões de palpites que mais pareciam acusações da família inteira. Parece que todos queriam arrumar um culpado para a situação e adivinha: a mãe é sempre a culpada!
Hoje enfrento outro tipo de dificuldade com a Júlia. Depois do nascimento do Lorenzo senti que ela ficou bastante enciumada e ansiosa e descontou tudo na comida.
Nunca foi preciso discipliná-la com relação a ingestão de doces, bolos e biscoitos porque ela nem ligava. Comia bem o que era saudável com pequena resistência à salada. Agora, infelizmente tive que intervir na sua rotina alimentar porque ela continuou a comer bem o que já comia e passou a comer as “bugigangas” indiscriminadamente.
Percebi também que o fato de a Júlia começar a freqüentar a casa de uma amiguinha em especial alterou de forma extremante negativa seus hábitos alimentares.
Confesso que às vezes me sinto culpada, pois o nascimento do Lorenzo absorveu muito do meu tempo e com meu marido fora o dia todo era sempre ela que tinha que esperar para ter atenção ou para ser atendida. Sei que a chegada de um irmãozinho altera a rotina da casa toda e que essas mudanças podem trazer algum tipo de desconforto para a criança mais velha, mas como enfermeira e mãe, me preocupo porque não é recomendável a criança entrar na adolescência acima do peso, pois fica mais difícil de trazê-la de volta para o peso ideal. A literatura científica é bem clara neste sentido.
O que tenho feito agora é direcionar melhor a alimentação dela e gerenciar melhor a qualidade da comida que entra em casa. Claro que em tempos de Páscoa, você até tropeça em chocolate dentro de casa, mas não tem problema, tem hora pra comer de tudo, inclusive o doce. Além disso, a Júlia está fazendo escolinha de basquete que é uma atividade bastante aeróbia além de exercitar a mente e contribuir para disciplina e os relacionamentos interpessoais.
Quanto ao meu caçulinha, até agora só tive alegrias. Bem, exceto pelo fato dele ter abandonado o leite materno aos quatro meses está tudo bem. Agora até entendo melhor, pois o leite era meio escasso e acho que ele não gosta de miséria.....rsrsrsrs
Brincadeira, outros fatores relacionados com a saúde dele estiveram envolvidos neste processo e oportunamente, quem sabe, podemos discutir a respeito.
Ele é um fofo come muito bem tudo que foi oferecido em cada etapa da introdução dos alimentos. Deus permita que prossiga assim.
Quando os pais têm bons hábitos alimentares é mais fácil disciplinar a criança neste sentido, no entanto, ela fatalmente sofrerá influências externas principalmente quando começa a freqüentar a casa dos amiguinhos e a ter acesso a cantina do colégio.
Noto que a grande maioria das mães tem dificuldades com a aceitação dos legumes pelos pequenos. Eu tenho um pouco com a Júlia e além da sopa milagrosa com tudo dentro que a gente tem sempre que fazer, experimentem fazer patê de legumes. Normalmente eles adoram, inclusive para levar para o lanche na escola.
Os ingredientes são: meio quilo de tomates, 200 g de azeitonas, 3 cenouras, meio pimentão vermelho ou amarelo, meia cebola, 2 gemas, um “punhadinho” de espinafre cozido, meia xícara de leite (dissolver 2 colheres de sopa de amido de milho) e 2 colheres de sopa de óleo . Tempere com sal e pimenta do reino a gosto, salsinha e cebolinha. Bata todos os ingrediente no liquidificador e leve ao fogo para cozinhar até desprender do fundo da panela. É uma delícia e dá para dar uma variada nos legumes se quiser.
Um grande beijo a todas mamães.
Dri.
quinta-feira, 5 de maio de 2011
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