O trecho da música “Dom de Iludir” (Caetano Veloso) que diz: “(...) cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é, não me olhem como se a polícia andasse atrás de mim (...)”, me fez refletir um pouco sobre esse tema.
Bom é através de um conhecimento empírico e não científico que digo essa máxima “toda mãe se sente culpada”! É claro que existe culpa em outros setores da vida, mas a culpa materna é visceral. Acho assim, pois acredito no desejo e na exigência cultural de termos que ser perfeitas. Mas é ai que entra a subjetividade e a riqueza da vida, o que é perfeito para mim, pode não ser para você, e mais, o que é perfeito para o mundo, pode não ser para a gente. E é ai que vêm o respeito que temos que nos policiar para ter para com o outro.
Para mim educação é uma questão muito séria, então de forma alguma estou fazendo uma apologia ao anarquismo materno. Só estou querendo mostrar que é possível ser uma mãe do jeito que você é. O ideal é utopia e o real, embora muitas vezes seja assustador é saudável.
Sabe de uma coisa meninas, eu não acredito na família “do – ré –mi”! É claro que quando decidimos ter um filho estamos assumindo uma grande responsabilidade, mas não é a de ser perfeita e educar um principezinho ou uma princesinha, acho a Fiona e o Sherek muito mais felizes, porque eles não são felizes só no final ! Eles tem momentos reais de alegrias, de tristezas, hesitações entre outros sentimentos. O mais importante para o filho é quando agimos com o coração e não quando temos resultados perfeitos. Às vezes, por exemplo, não dá para fazer aquela alimentação super nutritiva, as vezes não dá tempo de dar aquele banho ou até mesmo dar banho, também podemos esquecer vacinas e ter que dar atrasada !!! E daí? Foi por falta de amor?
Sabe de uma outra coisa a autencidade materna e paterna enriquecem, quando temos contato com sentimentos como: as tristezas, o choro e etc, estamos dando a oportunidade de humanizar nossos filhos, além de ensiná-los a lidar melhor com esses sentimento no futuro, afinal flores tem espinhos !!!!
Gostaria de deixar claro que não apoio de jeito nenhum a negligência, nem a omissão. Muitas vezes podemos ser pais e não assumir este papel, mas quando assumimos, não devemos idealizar a educação perfeita (que é o caminho direto para frustrações e a culpa), mas devemos nos comprometer com a formação e informação de nós mesmos.
A título de informação, na literatura, Maccoby e Martin (2000) classificaram dois tipos de estilos parentais: os exigentes (pais que estabelecem relação de controle, nos quais os limites e as regras são os principais procedimentos) e os responsativos (pais que são mais compreensivos e visam apoio emocional, além de flexibilizar o processo comunicação, favorecendo o desenvolvimento da autonomia e da auto-afirmação). Assim, pais com elevada responsavidade e exigência foram classificados como autoritativos; aqueles com baixa responsavidade e exigência foram tidos como negligentes; os muitos responsivos, porém pouco exigentes foram classificados como indulgentes e enquanto os muito exigentes e pouco responsivos foram tidos como autoritários. Interessante Né?!
Beijos até a Próxima ....
segunda-feira, 13 de junho de 2011
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