-----> Post feito por Fernanda Ramanho do blog: Brindo à Vida
A escolha do pediatra da Gabi foi difícil pra mim, pois selecionei a dedo, procurei muitas informações sobre muitos pediatras, conversei com muitas mães e avós. Li demais sobre pediatria e sobre conduta de médicos e médicos.
Consultei amigas que trabalhavam em emergência infantil. Eu parecia uma doida porque eu queria um pediatra que pudesse acompanhar desde o nascimento e da um suporte pra vida toda, tenho amigas que as filhas tem 14 anos e antes de qualquer procedimento com outro médico eles consultam o pediatra que acompanhou a infância da filha e eu acho isso bacana e quis isso pra Gabriella.
Mas não foi possível, no primeiro ano de vida da Gabi ele foi um super pediatra, sempre tirou todas as minhas duvidas, sempre atendeu meus telefonemas mesmo que fosse 3 hrs da manhã e eu me sentia segura com aquilo, ele não era um medico que só ouvia ou só falava. Ele me ouvia e falava de acordo com a experiência dele, ele tem mais de 20 anos de pediatria e eu confiava demais.
Quando a Gabi tinha entre 1 ano e 8 meses e 2 anos de idade Gabriella começou a ter muitos problemas com vômitos, febres, catarro no peito, gripe que não sarava nunca e o pediatra sempre dava dois diagnósticos: virose (eu simplesmente odeio essa palavra porque parece que o medico se acomoda e tudo é virose e não é assim, nem tudo é virose), e bronquite com quadro alérgico. Então ele entupia minha pequena de corticóide, de remédios pra febre e antibióticos sempre e ela começou a ter “crises” repetidas. Foi internada por ele diversas vezes e a cada vez saia pior, até que um dia me enchi de fisioterapia respiratória, otorrino, medico natureba, de pediatra camarada experiente pedi alta da Gabi de uma segunda internação de 10 dias cada uma e sai em busca de outros médicos.
Num mesmo dia cheguei a ir a três pediatras, eu já tava tão confusão, tão desesperada e sozinha que naquela hora mais do que nunca coloquei nas mãos de Deus, não me recordo se foi minha irmã que me falou na Drª Valeria Paiva, mas sei que ela surgiu na nossa vida como um anjo. Ela é pediatra, hematologista e oncologista.
Dei todos os exames da Gabriella pra ela desde o primeiro dia de nascida, ela analisou a discreta anemia que o primeiro pediatra dizia ser comum em crianças, olhou raio – x , examinou a gabi inteira e eu naquele momento me senti um lixo por não ter tido a atitude de trocar de pediatra antes, do consultório da Drª Valeria mesmo a Gabi saiu pra uma nova internação.
Me senti péssima mas se eu errei foi por acreditar que eu estava acertando. A “bronquite e a virose” era uma pneumonia bacteriana muito séria e num estado bem avançado. Gabi passou mais 15 dias no hospital, sendo furada, medicada, examinada, novos tipos de fisioterapia pulmonar intensiva.
No quarto dia a gabi não teve mais febre talvez o outro pediatra daria a alta dela naquele momento mas a atual não só liberou a gabi quando ela concluiu todo o tratamento hospitalar, as sessões de fisioterapia que a medica fazia questão de acompanhar de perto.
Desde então minha filha não mais adoeceu, fez o tratamento contra a anemia, hiperplaquetemia, faz as consultas de revisão mas adoecer de ficar de cama nunca mais. E eu aprendi que pediatra bom não é pediatra com 20 anos de experiência, de emergência de ps e etc. Pediatra bom é aquele que se dedica em descobrir a doença, que investiga, que deixa o comodismo de lado porque é muito fácil dizer: é virose. Ou é bronquite.
É muito mais fácil, muito mais cômodo do que pegar um livro do tempo da faculdade e reler pra saber se encontra algum caso, alguma luz ou ter uma duvida e ligar pra um colega de profissão pra saber se aplicação de determinada medicação no caso de pneumonia bacteriana é favorável ou se aumenta a produção de secreção.
E a nova pediatra é assim, ela não inventa diagnostico, ela não é acomodada, se ela não sabe ou se tem duvidas ela busca ajuda também acho uma atitude digna, humana e me sinto segura assim. Aqui onde moro a questão de medico bom ainda é muito difícil, diria precário, não temos pediatras especializados em cardiologia, neurologia, gastro. E muitas vezes tenho que levar minha filha num medico clinico geral que tem que se virar nos 30 pra atender crianças porque não tem outro e ele tem que suprir a necessidade do atendimento pediátrico na determinada área.
quarta-feira, 23 de julho de 2008
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4 comentários:
pois é, fernanda... a grande verdade é que a gente só "descobre" se eles são bons mesmo ou não quando precisamos de verdade! Pq medir e pesar é mole!
Eu confesso que nunca dei meio trabalho pro meu pediatra, mas preciso acreditar que, se um dia for preciso, ele me baste!
Senão, é isso aí que vc fez... procurar outro!
Olá, Meu sobrinho está passando por um problema perecido. Ele só tem 1 aninho. Nós somos do Rio, de onde você é? Gostaria de ter maiores informações do assunto para encontrar um médico bom e competente aqui no Rio.
Mas só de ler o seu blog já me aliviou mto.
Olá, Meu sobrinho está passando por um problema perecido. Ele só tem 1 aninho. Nós somos do Rio, de onde você é? Gostaria de ter maiores informações do assunto para encontrar um médico bom e competente aqui no Rio.
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