sexta-feira, 29 de abril de 2011

A Sra Roda dos Alimentos

Era uma vez uma senhora muito redondinha… esta senhora era muito redondinha e muito brincalhona. E sabem qual era a sua brincadeira preferida? Ela adorava brincar com todos os alimentos: com as cenouras, com a maça, com a cebola, com o nabo, com a abóbora, com o morango, com a couve-flor, com a alface, com a água… com as cerejas, com o ananás, com o pepino, com o pão, com o leite, com o iogurte, com o queijo, com os ovos, com o azeite, com a manteiga.

Certo dia, andava a senhora muito redondinha na sua brincadeira quando decidiu fazer um jogo com todos os alimentos. Os alimentos gostaram muito da idéia, porque também adoravam brincar. Então, a senhora muito redondinha pediu a todos os alimentos que estivessem com muita atenção para explicar o jogo:

- Todos os alimentos do mesmo grupo ou família vão juntar-se para formar um grupo – explicou a senhora muito redondinha.

- Vamos jogar? – perguntou a senhora roda.

- Sim – responderam todos os alimentos em coro.

De repente, gerou-se uma grande confusão, porque uns alimentos queriam ficar no mesmo grupo e outros não sabiam para onde haviam de ir…

A senhora roda voltou a explicar que só podiam ficar no mesmo grupo, os alimentos parecidos, por exemplo, a maçã, a pêra e outras frutas formavam um grupo…

As cenouras, as couves e outros legumes formavam outro grupo…

A massa, o arroz, o pão, outro grupo…

O leite, o queijo, os iogurtes outro grupo…

O feijão, o grão, as ervilhas formavam outro grupo…

Os ovos, a carne, o peixe juntos formavam outro grupo..

O azeite, a manteiga, o óleo outro grupo..

Depois desta explicação, os alimentos começaram a juntar-se em grupos…

Assim, a maça, o morango, a pêra, o ananás e as cerejas juntaram-se e formaram o grupo das frutas.

A seguir, o tomate, a cenoura, o pimentão, a couve-flor, a alface, a cebola, a abóbora, o nabo, o pepino juntaram-se e formaram o grupo dos legumes.

Depois, a massa, o arroz, as batatas e o pão formaram o grupo dos hidratos de carbono.

O feijão, o grão, as ervilhas formaram o grupo das leguminosas.

O leite, o queijo e o iogurte formaram o grupo dos lacticínios .

Os ovos, a carne e o peixe formaram outro grupo, o das proteínas .

O azeite, a manteiga e o óleo formaram o grupo das gorduras.

Mas sobrava um alimento… a água. A senhora roda explicou que a água era muito importante e ficava nomeio de todos os outros grupos, porque todos os alimentos são constituídos por água.

Quando todos os alimentos estavam juntos em grupos, a senhora roda dos alimentos explicou que cada grupo era muito importante e que se devia comer um pouco de todos os grupos, comendo mais dos grupos maiores e menos dos grupos mais pequenos.

Autora: Raquel Martins
Site www.educaçãodeinfancia.com

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Dilemas da boa alimentação

Olá meninas,

Eu sou a Claudia, mãe da Maria Fernanda de 7 anos.

Tenho acompanhado vocês e estou adorando o Blog, só agora consegui escrever. rsrs...

Bom, Alimentação sempre foi um dilema aqui em casa, desde a amamentação sofro com a Maria Fernanda, não consegui amamentar, a Maria Fernanda já saiu da Maternidade tomando NAN, lá descobri que o bico do meu peito era muito pequeno, pra dentro mesmo e ela não conseguia sugar, o leite não descia, fizeram exame e constataram que ela estava com a glicemia baixa, introduziram o NAN lá mesmo mas pediram pra eu insistir em casa, tentei por mais três dias até ver a boca da minha filha cheia de sangue e com casca de ferida, isso porque meu marido precisava segurar ela pra mim, pois tinha que segurar com as duas mãos o travesseiro tamanha era a dor que sentia.

Depois começamos o processo da não aceitação dos alimentos, desde a primeira papinha, nunca foi fácil, ela só queria saber da mamadeira. Sempre me culpava, achava que estava fazendo algo errado, não era possível aquela menina não querer comer nada!

Sou bastante Natureba, talvez por tal motivo estou tendo que romper minhas próprias barreiras, paradigmas e pré-conceitos com minha filha. De tanto não aceitar os alimentos "saudáveis", só querer mamadeira e não engordar o suficiente, acabei introduzindo bolacha, pão, danone, batata frita, coisas que ela adora! Coca-Cola algo que abobino, ela ama! Suco Natural nem pensar! Fruta então esquece, sua comida predileta é arroz com batata frita. O máximo que consegui fazer com que ela comece foi salada de tomate, uma vez na vida.

E se ela fosse mega saudável tudo bem, o pior é que já teve duas pneumonias e tem bronquite alérgica.

Peso ideal? Nunca chegou, sempre abaixo! Mas, é uma menina linda, inteligentíssima, carinhosa... Só não gosta de comer alimentos saudáveis! E o que eu faço? Ou opto pelo não tão saudável ou ela não come nada!

Agora, ofereça pra ela Fandangos, Trakinas, batata frita, coca-cola, pipoca, bala, chocolate pra ver se ela não aceita...

No final acho que é pra eu aprender algo mesmo, só pode!

Muito bom estar aqui participando com vocês.

Beijos,

Claudia

Alimentação sem neura

Meninas, a coisa esta beeeeeeeem parada por aqui!
kkkkk nao culpo ninguem porque sabemos como eh dificil e as vezes a rotina nos engole!!!

Vou tentar postar nos assuntos antigos que deixei passar tambem, porque fala serio... LIMITE eh algo que nao da pra ignorar!!!

Sobre a alimentação, aqui em casa ela é SEM TRAUMA!

Nem no primeiro, nem no segundo filho.... nunca segui exatamente a risca e cheia de regras o que o pediatra, mae, sogra, amigas, tias, babas e etc falavam...

Eu mesma sempre fui pessima pra comer... entao por isso, respeito bem o gosto e o paladar dos meus filhos... Aqui em casa não tem obrigações nem proibições... mas eu tento achar um meio do caminho...

Por incrivel que pareca os dois sao super BONS DE BOCA!
O mais velho tem como alimento preferido o TOMATE, e o mais novo... PEDRA!
sim... pedra do vaso de planta!!!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Claro que quando eu vejo, eu tiro... mas vcs pensam que eu entro em paranoia? passei um saco de lixo com durex em volta do vaso, e assim, evito que ele coma pedra demais.. mas algumas escapam... fazer o que? rsss

Mc donald a gente vai de vez em quando... mas meu filho eh mais fissurado pelo brinquedinho do que pela comida em si...e como la eu so como nugget com batatinha... acaba sendo menos critico do que aqueles sanduiches enormes... ou nao?!?!?!

O pequenininho ta na fase da sopa... e semana passada eu fiz a PRIMEIRA SOPA DE CRIANCA DA MINHA VIDA!!! sim... porque meu primeiro filho so comia papinha nestle... e eu pensava... a nestle faz papinhas a muito mais tempo que eu... logo fazem muito melhor!!! rsss

Sempre defendi a alimentação sem neura.. quer comer.. come.. nao quer.. fica com fome...
nao compro muito biscoito recheado, nao faco muito bolo, toddinho e danoninho tem umas 2 ou 3 vezes por semana.... agua de coco e suco é a preferencia nas refeicoes... mas cachorro quente so come com um copo de guarana junto! Acho que tá ok... ta razoavel... bemmmm aceitavel!!!

Meninas, fui rapidinha.... mas eh que ainda tenho que bater os legumes que cozinhei e estao na panela!!!

Beijoss e boa semana pra todas!!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Tema da Semana: Alimentação e seus dilemas

Olá queridas mamães,

A semana de Páscoa pelo jeito foi corrida para todas né? Semana muito curta com criança realmente complica!

Pra mim também foi Pank! Vamos ver se conseguimos retomar nossos Bate Papos?

Vamos continuar essa semana e pela semana que vem também com o Tema que não conseguimos abordar: Alimentação. Só que agora mais abrangente, além do Tema que lancei a semana passada, vocês também podem comentar sobre suas experiências e frustrações em relação a alimentação com os pequenos, eu por exemplo estou vivendo dois dilemas, um com a Ana Clara que insiste em não aceitar nem um tipo de legumes! O outro com o Vinícius que iniciou a fase da papinha e não quer aceitar de jeito nenhum! Socorroooo!! Ai meu Deus como é difícil! E não adianta dizer que não precisa se preocupar, que ele vai pegar e coisa e tal, pois não consigo!

E assim vamos levando, aprendendo, tropeçando, tentando, sofrendo, sorrindo... e vamos que vamos!

E aí, vamos papear?

Beijo enorme a todas,

domingo, 17 de abril de 2011

Tema da Semana: Alimentação

Olá queridas mamães,

Esta semana falaremos sobre um Tema delicioso: Alimentação.

"Chocolate, refrigerante, batatas fritas e outras porcarias".

Dar ou não dar? Proibir? Evitar? Desencanar? Como cada uma lida com isso e porquê?

E pra semana que vem já vão se preparando, pois continuaremos nesta linha, só que com receitas hiper, mega, saborosas e nutritivas para os pequenos que não suportam ouvir falar em verduras, legumes e afins...

Caso alguém ainda queira contribuir sobre o tema limites, continua aberto.

Dentro de sua linha, seja ela natural ou Fast Food, desejo uma semana recheada de delícias.

Beijokas,

Com ou sem limites, educar é difícil!

Olá meninas !

Com ou sem limites, educar é muito difícil, principalmente com o primeiro filho.

Eu digo sempre que nasci para ser mãe, amo minha filha.

Fui criada somente pela minha mãe, ela nos criou muito bem, claro que de acordo com as educações de antigamente, mais severas, rígidas, porém com muito amor.

Sem perceber, acabo sendo rígida demais com minha pequena, as vezes me policio com isso.

Quando a Lelê começou a crescer, fui buscar orientação, informação de como a educaria. Minha amiga Gelita (Gê), me ajudou muito nesse processo, a Ana Clara é 10 meses mais velha que a minha, assim tinha mais experiência e me deu dicas, como livros, sites. Foi maravilhoso, comecei aplicar na educação e na criação. Entendia certas atitudes dela e sabia como agir.

Minha mãe também colaborou bastante, apesar de ser uma educação diferente do que ela teve conosco, ela respeitou e seguiu as minha orientações, acreditou em mim, afinal a filha é minha .... rsss ! Claro que teve algumas coisas que ela não concordava, mas cumpria.

Limites pra mim é essencial. Acredito que é necessário. Limites para a Lelê começou cedo, com meses ainda.

Birra!? o que é isso, porque minha filha não teve essa fase. Até hoje converso muito com ela, ela me respeita e age de acordo com o que eu falo.

Sinto muito orgulho de mim .... rss Minha filha é educada, amorosa, comportada. Onde vai recebo elogios.

Acredito que estou no caminho certo !!!!!!

Beijos à todas.

Olá colegas de blog!

O assunto da semana é excelente! Talvez, o mais importante na educação das crianças.

Bem, se o processo educativo tivesse receita, eu compraria....mas como não tem, fiz a minha própria, coitados dos meus filhos...rsrsrs

Então, respondendo á pergunta do tema...não, não tenho receio algum de impor limites para os meus filhos . Acho que é melhor tratar o trauma depois de quem teve limite do que tratar um sem limite.

Ninguém cresce sem dor, somente preciso fazer a opção de qual tipo de dor os meus filhos irão passar.

Não tenho medo de criança chorando, contrariada e nem vergonha do que os outros vão pensar quando meus filhos dão – ou darão - um escândalo em praça pública.

Expectador, escola e professor são transitórios na vida de uma criança. A responsabilidade dos pais é para sempre. Educar dá um trabalho danado, mas experimenta não fazer....

Minha maior vigília é para não criar mecanismos de compensação com meus filhos Muito relativismo nos faz perder a noção do absoluto. Se não é hora de comer besteira, não vai comer. Se não é data de ganhar brinquedo, não vai ganhar e pronto.

Para ter isso mais no meu controle, sempre combino as condições do passeio antes de sair de casa. Facilita e-nor-me-men-te. Não vamos comprar brinquedo, não precisa chorar na hora de ir embora, etc. Se decidir chorar, não vou ficar mais 10 minutos para amenizar, pois passado o tempo, vai chorar do mesmo jeito.

No mercado, pode escolher uma coisa, sem problema. Mas se pegou um Bis e depois quer amendoim, tem que devolver o Bis, ele decide o que levar, desde que seja o combinado, um item.

Sou muito carinhosa, atenciosa, papatipatatá. Mas sou muito firme, não posso abrir mão desse papel. Tenho certeza absoluta de que cometo uma montanha de erros, mas nunca escolho o caminho mais fácil. Eu sempre explico os porques daquela demanda, daquele limite, não tenho preguiça de fazer isso. Mas entendendo ou não, a minha posição não muda. Quando vai para o castigo, sempre me certifico de que ele saiba o porque.

Nosso lema aqui em casa é o seguinte: se não aprender ganhando, vai aprender perdendo. Eles tem que crescer percebendo esse conceito. Filho não pode manipular os pais, esse será o monstrinho do futuro, o desserviço para a sociedade. Eu e o meu marido somos muito unidos nisso, aqui em casa não tem isso se um não der o outro vai dar. Não tem o pai mauzinho e a mãe boazinha, ou vice-versa. Agimos em bloco! Não nos permitimos a esse tipo de papel, que só deixa a criança confusa e que vai sempre deixá-la insuportavelmente insistente, pois uma hora ela vai acabar conseguindo o que quer.

Se tenho medo de que eles não me amarão pela minha maneira de educar? Nem um pinguinho.

Temos uma missão enorme com a vida dos nossos filhos. Muito maior do que dar comida, escola, carinho e brinquedo. Hoje meu filho mais velho está com 4 anos e o mais novo com 8 meses. Amanhã ele estarão maiores do que eu. Não posso carregá-los no colo ou nos ombros a vida toda. Quero carregá-los no coração.

Um beijo a todas!

Renata.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Tem que ter coragem!

Educação é algo realmente complicado, achei que o Tema daria mais “Ibope”, talvez não tenha vingado por conta de tantas controvérsias sobre o assunto.

As mães que são mais enérgicas têm medo de expor sua opinião, com razão, já que hoje em dia tem neguinho querendo prender gente de bem.

As vezes fico imaginando a cena:

- Filho pega o telefone e liga pra polícia:

- Quero fazer uma denúncia!

- Contra quem?

- Minha mãe!

- Porque?

- Me deu um tapa na bunda e me mandou ir para o quarto ficar de castigo!

- Porque?

- Porque eu soquei a cara do meu professor que ousou achar que pode me dizer o que fazer.

Mais ou menos por essa linha...

Existem outras que são mais permissivas e também não querem se expor por acharem que podem ser tachadas como mães que educam mal... e por aí vai.

O fato é que, ninguém sabe ao certo se está agindo certo ou não. É preciso ter coragem!

Não existe receita.

Eu particularmente sou mais a favor do excesso de limites do que da falta deles.

Prefiro fazer meus filhos chorarem hoje para que eles não me façam chorar amanhã.

Tendo seguir o meio termo, sigo como exemplo a educação que tive em casa, as vezes gostaria de ser mais firme como minha mãe, mais enérgica, incisiva! Com aquela sensação de certeza de que estou agindo certo! A mesma que minha mãe sempre me passou.

Sabe qual é o mal hoje em dia? O excesso de informações! Muita gente metendo o bedelho onde não é chamado! Quanto mais informações temos, mais confusos ficamos e com isso vamos nos perdendo no meio do caminho...

Coragem pra nós!

Beijos, beijinhos e beijões,



P.S. Semana que vem prometo pegar mais leve! Rsrsrs...

Falta limites? De quem, crianças ou adultos?

Muitas famílias me procuram para conversar a respeito de limites e de uma tal de “agressividade” infantil. Trazem os mais diferentes relatos de espancamento, cusparadas, mordidas e empurrões. Falam dos escândalos em lugares públicos, em festas de crianças, na porta da escola... Sempre se perguntam se a criança tem algum problema, se esse comportamento acontece também no espaço escolar. Sempre trazem a mesma questão: como colocar limites? Como fazer para a criança obedecer e se tornar educada?

São dois pontos importantes e que estão ligados a dois aspectos: um de ordem conceitual, pois existe um modelo de criança esperado pelas famílias, portanto, uma concepção de infância, e outro, de ordem “prática”, que está relacionado ao conceitual, que dirá o que fazer nessas situações.

A primeira coisa que a escola pode fazer para ajudar as famílias é mostrar que é bem possível que o que se espera do filho ou da filha é demais para eles. É tentar fazer com que as famílias construam uma imagem do filho sem estar colada à imagem da criança ideal. Sai a pressão, a conformidade da conduta, entra a criança, colocada na família específica.

Uma vez feito isso, é muito importante que desfaçamos algumas idéias de autoridade. Autoridade não é uma relação construída sem respeito, sem integridade. Autoridade é firmeza, paciência e persistência nas palavras.

Muitas famílias outorgam às crianças poderes de adultos. Escolhem se vão viajar ou não, se vão sair à noite ou não, escolhem os próprios castigos e até se querem ir à escola. Criança não pode fazer isso. Não pode porque é função do responsável por ela. Isso não é criar uma relação democrática, entre iguais. Isso é colocar um peso que o corpo e a mente da criança não suportaria! Isso é deslocar o papel de pai e mãe para uma instância fora do que seria uma referência para as crianças. Outra coisa: pais e mães, e professores também, devem aprender o valor afetivo do “não”. Um não que acolhe, um não que oferece limites, um não que educa. É mais difícil para as crianças conviverem com o não do que com a ausência dele. Já vi diversas vezes mães e pais, depois de uma cena de escândalo de seus filhos, que não conseguiram o que queriam, voltarem atrás e dizerem: “Só dessa vez!”. Isso é ausência de autoridade.

Muitos familiares, para evitar cenas de birra em público, acabam cedendo às pressões dos filhos e filhas e, com isso, prestam um desserviço à educação dos mesmos. Depois de um tempo, de tomar tanto na cara, pais e mães perdem a paciência e partem para a autoridade que não queriam ter: revidam a desobediência com os mesmos tapas e gritos das crianças.

Bem, em escola, é bem comum ver aquelas crianças que batem mais, que resolvem seus conflitos de forma mais corporal, ou seja, com tapas e pontapés. Ou crianças que tentam, por meio de gritos e choros, conseguir o que querem. Isso não pode ser “uma coisa de criança” e simplesmente deixar acontecer, pois seria pensar a criança como aquele ideal infantil. Isso deve ser resolvido. Se ela sempre bate nos amigos, o professor deve fazer algo com ela. Sem castigos ou coisa do gênero. LIMITES! Sinto que muitas escolas e muitos professores têm medo de dizer não, de colocar limites também. Isso não pode acontecer. Se escola é um espaço repleto de regras, é repleto, portanto, de transgressões, então, a mesma deve se preparar para lidar com isso. De forma clara e direta, sem rodeios.

Clareza é a chave para o sucesso! Ser franco e direto alivia a criança da angústia das decisões tardias dos adultos. As crianças precisam de limites no momento que os pedem. Fica mais fácil para aprender, fica mais fácil para crescer. Colocar limites é fundamental para que construam um espaço, digamos, assim, geográfico das relações sociais.

À medida que as crianças crescem, percebo que as intervenções das famílias precisam ser repetidas diversas vezes. É isso mesmo, repetir até ficar diferente. O fato da criança voltar, vez ou outra, à mesma atitude, pode não significar que ela não aprendeu, ou não entendeu, mas sim que ainda precise checar algumas situações e ver como os pais e mães se colocam frente a elas e como as pessoas reagem quando age dessa forma. Não adianta ameaças e ceninhas, as crianças precisam de ação. O que pode, pode, o que não pode, não pode e pronto. Elas esperneiam, choram, mas todos sabem o fim, é preciso ser firme e ter paciência.

Criança gosta de repetir as coisas. Assiste ao mesmo filme diversas vezes, pede para contar a mesma história sempre, gosta de brincar das mesmas brincadeiras. Repetem para aprender, para elaborar e construir uma idéia de mundo. Muitos familiares dizem que já tentaram de tudo para fazer com que seus filhos ou filhas parem de bater, de falar palavrões, de dar pontapés. Perguntam-me qual é o problema... querem levá-los ao médico, fazer ressonância da cabeça. Digo que o problema é que tentaram de tudo... e não uma coisa apenas.

Não adianta fazer malabarismos na educação de crianças. É preciso ter firmeza nas palavras, fazer valer diante das situações. Colocar a regra e que tipo de intervenção irá acontecer quando ela for descumprida. A criança vai checar para ver se ela continua valendo, se o pai e a mãe realmente sabem o que fazem e dizem. Existe família que acha que isso é pouco caso, repetir a mesma bagunça... mas não é não, muito pelo contrário... é por fazer muito caso, é por dar muita importância, que a criança repete as cenas.

Na verdade, podemos dizer que a tal “agressividade infantil”, ou coisa que o valha, é, muitas vezes, um pedido de socorro. Um pedido pela presença do adulto, um pedido que deve ter começado lá atrás, desde cedo, e que as famílias não souberam ou não quiseram ler. É preciso também colocar limites nas ações dos adultos, pois eles são os únicos responsáveis pelas crianças que cuidam.

Quando aprendemos a ler as crianças e sempre colocamos as coisas nos lugares, conseguimos identificar melhor o que acontece realmente com elas, ou seja, quando é um pedido de socorro e quando é um ato violento. Por isso, pais e mães devem se aliar às escolas para entenderem e se formarem melhor quando o assunto é limites. Devem conversar bastante com professores para perceber quais comportamentos também fazem parte da vida da criança, pois, se na escola é tão diferente do que acontece em casa,... algo está dissonante!

Marcelo Cunha Bueno

Revista Crescer

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Pais e Filhos " Limites sem traumas"

Dia destes estava eu em uma loja de brinquedos, pude observar um pequeno que lá estava, tinha não mais que uns sete anos de idade.

Ali mesmo na loja, em frente a todos, o garoto ia exigindo de sua mãe uma quantidade sobeja de brinquedos, algo sem limites. A mãe, uma jovem de uns 19 anos no máximo, surpreendentemente comprou todos para o moleque, alegando diante do olhar abismado da caixa, que creio nunca ter vendido tanto brinquedo para uma só criança, - vou comprá-los, do contrário ele se põe aos prantos!

Fiquei surpresa, e confesso preocupada, com a atitude pusilânime da mãe frente aos desmandos do garoto. Depreendi da lamentável cena, que dias difíceis virão se os pais não estiverem cônscios de sua responsabilidade na educação, na formação de seus filhos.

Hoje, a criança recebe uma overdose de brinquedos, e no futuro do que será a overdose? Quais os sistemas de compensação que irão satisfazer os jovens, quais as mamadeiras psicológicas das quais irão matar a sua sede?

Os limites são essências na infância, falo não dos limites castradores, que comprometem o potencial da criança, que prejudicam sua auto-estima, mas do limites saudáveis, aqueles relacionados aos bons modos, a educação.

Percebo uma geração de pais confusos, apáticos em relação à educação dos seus filhos, vá lá, educar da trabalho!!!

Os pais de hoje são deveras ocupados, uns ocupados em manter padrões sociais escravizadores, outros preocupados em se convencer que um filho não é algo tão sério assim.

Investir na educação dos filhos é, sem dúvida, o melhor empreendimento que se pode fazer, do contrário não os tenham, os filhos.

A sociedade agradece!!!

Cassiane Schmidt

Publicado no Recanto das Letras em 01/04/2008

Código do texto: T925817

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Tema da Semana: Limites, sem traumas?

Olá queridas mamães,

Esta semana pensei em falar sobre um Tema muito comum no mundo das mães, mas que ainda é uma incógnita para todas nós, talvez nossa maior dificuldade: Como impor limites.

Diante de tanta coisa ruim acontecendo no mundo, coisas que não dá mais para fecharmos os olhos e fazermos de conta que não existem ou que estejam tão longe, tanta violência, tanta maldade, tantos jovens se envolvendo com drogas, assassinatos, fazendo atrocidades, desrespeitando os pais e o próximo me questiono: Onde está a falha? Será falta de limites ou de amor? Ou ambos?

Na teoria sabemos que impor limites é necessário, mas e na prática? Pra vocês é como? Como cada uma lida com isso?

Percebo que o grande medo da maioria das mães ao impor limites para seus filhos é de lhes causarem algum “trauma” para o resto da vida, ou o medo de perder o amor do filho, sim, para algumas isso pode parecer ridículo, mas é a realidade de muitas.

Será que conseguimos impor limites sem causar traumas? Ou o trauma é necessário?

Alguns educadores dizem que para educar os filhos não devemos impor medo e sim respeito. Será que dá pra impor respeito sem automaticamente incumbir o medo? O ser humano está tão evoluído assim?

E quando marido e mulher discordam na forma de educar? A mãe educa de um jeito e o pai chega e diz: - Você é muito brava, pegou muito pesado! Não precisava tanto!

Sem contar na posição de terceiros como avós, tios e afins...

Sei que entre nós existem algumas mães de adolescentes, gostaria de lhes pedir para contribuírem esta semana com suas experiências, com certeza irão ajudar e muito a nós que estamos começando nesta caminhada. O que deu certo pra vocês e o que não deu?

E que todas de alguma forma possam contar suas experiências, traumas, frustrações e expectativas a respeito, pois com certeza isso nos ajudará e muito a formamos cidadãos de bem, íntegros, honestos, para um futuro melhor, mais digno, menos perdido e violento, para o bem de nossos filhos e de nosso planeta que anda chorando dores de parto.

Então venham, se aconcheguem, entrem na roda e vamos papear.

Uma excelente semana pra todas,

Beijo enorme no coração,

sábado, 9 de abril de 2011

Temos que Vigiar!

Olá meninas,

Estou de volta! Que Saudades de vocês!

Gente, sobre o Tema desta semana sou bastante radical.

Antes mesmo de crucificar os atos de tais mães pensei nos nossos. Para tais me lembrei de duas frases, uma tirada do melhor livro de psicologia de todos os tempos para adultos e crianças: “Orai e Vigiai” (Mateus 21, 41) e a outra tirada de um ditado popular: “Diga com quem tu andas que te direi quem és”.

Temos de tudo nesse mundo hoje em dia e para tanto é nossa obrigação como pais zelar pela segurança de nossos filhos!

Vemos coisas horríveis acontecerem a cada minuto em todos os lugares o tempo todo, fiquei triste ao saber que existem mães medíocres a ponto de acreditarem coitadas, que estão escolhendo o melhor para seus filhos ao escolherem a melhor marca de um produto. Mal sabem elas que marca é algo construído por profissionais para se obter o melhor lucro e nunca para se vender o melhor e que através deste ato de egoísmo, que é acreditado erroneamente por elas ser um ato de amor, elas estão transmitindo a seus filhos o pior na formação de um caráter. É sabido, criança aprende com exemplos muito mais que palavras.

Mas muito além de um simples ato de egoísmo existem outros atos que podem ser muito mais dolorosos para nosso pequenos e diante disso pensei: Onde está minha responsabilidade ao entregar meu maior tesouro a uma pessoa com comportamentos tão diferentes dos meus? Onde estava eu que não analisei e conheci muito bem essa pessoa para lhe agregar os cuidados de minha filha tão pequena e indefesa? Qual o limite de maus tratos desta pessoa perante uma criança inocente?

Temos que vigiar! Temos que saber a quem entregamos nossos filhos! Que exemplos irão passar em palavras, que cuidados e atenção irão ter. Quem são essas pessoas? Como essa família se trata dentro de casa? Quais são seus valores? Existe violência? Brigas? Palavrões? Que tipo de programas de televisão assistem quando as crianças estão brincando? Que tipo de expressões usam? Se for citar tudo aqui, escrevo um livro!

Na casa de João temos que comer como João ou o que João nos oferecer, se não gostarmos do que João tem a oferecer, não devemos ir até a sua casa.

E é por achar dificílimo tudo isso que não deixo e não deixarei a Ana Clara e o Vinícius sairem sozinhos com pessoas que não sejam de minha estrema confiança até completarem uma idade razoável para se defenderem daquilo que eu não conseguir vigiar antes. E esta vigia se acentuará mais ainda na adolescência com seus amigos! Acredito que esta é uma das minhas obrigações como mãe, para no futuro não ter que chorar pelo leite derramado.

Quanto a educar filhos dos outros, acredito que esta obrigação não é minha, esta obrigação é dos pais da criança! Não tenho o dever de educar filho de ninguém, o máximo que posso fazer é ditar as regras da minha casa e passar bons exemplos. Graças a Deus nunca tive problemas com os amiguinhos da Ana Clara, fazem arte sim, mas nada que ultrapasse nenhum limite para sua idade e que não parem quando digo, fulano aí não que vc pode se machucar, isso não pode ou não briguem ou deixa ele brincar com esse brinquedo tb, temos que dividir... e blábláblá! Porém também sou muito seletiva! Temos poucos, mas muito bons amigos, pessoas que pensam e agem como a gente! Sempre fui assim, aprendi isso com a minha mãe.

E que Deus nos ajude!!

Beijo enorme no coração de todas!

É muito bom estar de volta!!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Liberté, Egalité, Fraternité

(Liberdade, igualdade e fraternidade) Fiquei muito feliz de ler os relatos que chegaram... confesso que apesar de levantar a bandeira, senti um pouco de medo de estar do lado da minoria... Ainda bem que quase todas vocês, por e-mail, comentários ou posts entenderam muito bem o que eu estava colocando "na roda" pra discussão!!! Não acho que devemos SEMPRE dar tudo para os amiguinhos e menos ainda que devemos dar TUDO para os nossos... é nesse limite tenue entre o "eu quero" e o "toma!" que vamos colocando os limites e ensinando os valores.... Mas pra mim eh CLARISSIMO, que se estou com meu filho e mais os amiguinhos, tenho que dar somente o que vou poder proporcionar a todos!!! Se não tenho condicões ($$$) de dar pro grupo inteiro... então NENHUM ganha (inclusive o meu filho!) E paciência... porque faz parte da vida ouvir um "não" de vez em quando... Quanto a dar bronca, por de castigo, e afins... vale pra mim a intimidade, a afinidade e a empatia... Existem mães que educam como eu... outras que fazem exatamente o oposto do que eu faria.... Prouro respeitar, principalmente porque não acho que o "meu jeito é o melhor"... Mas tenho amigas que dou 100% de liberdade pra educar o meu filho exatamente igual educariam os delas... e algumas delas, tambem confiam em mim de olhos fechados!!! Educar é dificil pra caramba!!! Porque nao aceitar ajuda de pessoas que tratam nossos filhos com carinho, mas que sabem o quanto é importante ajuda-lo a amadurecer?!?! Alias, é uma via de mão dupla... e muitas delas tb me dão permissao pra falar "não", pra desligar a tv quando não almoçam direito, pra tirar o DS quando não sabem dividir, e etc!!! É claro que a gente esbarra numas loucas, rss... mas ai o negócio é ficar atenta e ouvir tudo que os pequenos falam sobre fulana ou ciclano... Se pintar desconfiança, temos a obrigação de deixar claro que a pessoa não tem autorização pra criar as regras de nossos filhos! Melhor ficar amarelo com uma conversa chata, do que vermelho de raiva depois!!!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Um espanto e um jabá!

Oi minhas queridas!

Esta semana eu realmente não poderei contribuir muito, pois Tiago ainda está na fase de roubar os brinquedos dos coleguinhas no play, achando que são todos dele - ou seja - sair com amiguinhos ainda está longe dos nossos planos!

Entrei aqui pra dizer que estou espantada com o que vocês postaram sobre estes tratamentos diferentes entre os nossos e os dos outros. Por mais que sejamos apaixonadas pelos nossos, o bom senso precisa existir, né?

E acho importante a gente sempre se colocar na posição da otura mãe. Dia desses eu dei um vacilo e percebi na hora. Tiago estava brincando com uma menininha mais velha, de uns 4 anos, e fomos nos afastando do local onde a mãe dela estava, conversando com as amigas.

Não avisei que estávamos nos afastando e alguns minutos depois ela veio desesperada, pois não sabia onde a filha tinha se metido. Ela não me xingou nem nada, mas senti que deveria ter avisado, tipo: "Ó, sua filha tá comigo, ok?". Precisamos olhar estas pequenas coisinhas, pois aí começa o egoísmo materno rsrsrsrs!!

Bem, este foi o espanto. Agora vem o jabá!!

Queria convidar vocês, minhas amigas mamães, a conhecer o site que a Avon preparou para o Dia das Mães! Lá é possível homenagear as mamães mandando uma mensagem narrada por e-mail - e quem narrou esta mensagem fui EUzinha!!!

Estou muito feliz e orgulhosa com este trabalho feito de mãe para mãe!

E logo teremos mais coisinhas lá no site que eu estou preparando aqui com muito amor!!

Depois eu volto pra contar - e para papear mais!

Beijos pra todas!

Nanda Torres
http://www.diadasmaesavon.com.br/

Os meus estão com sono e os seus estão chatos!!!!

Numa roda de mães, um dia uma disse, "criança com sono fica chatinha, né?" e a outra emendou "o meu fica com sono, o seu é que fica chato!". Ou seja, essa mãe jamais ficaria com minhas filhas!!!! E com essas, mais alguns estudos na área e a vivência diária fez com que decidisse que minhas filhas não vão tão cedo saírem sozinhas.

Com relação a este tema eu acho que terei pouco, ou muito pouco, a contribuir. Simplesmente porque as minhas nunca foram passear com ninguém, nem tia, nem vó, nem madrinha, nem ninguém. Lá em casa tem um combinado: ou está com o pai, ou está com a mãe, ou está no colégio! E só! Nada mais.

O que li sobre a idade em que as crianças tem discernimento para irem sozinhas na casa dos outros é a partir dos 7 anos. Catarina ainda tem 6. Ou seja, ainda não tem idade para conviver com outras famílias e entender as diferenças que possam aparecer diante de seus olhinhos.

Antes de ter filhos eu tinha mania de pegar os filhos dos outros e levar para casa para cuidar, mas hoje cuido só das minhas também. Adoro cuidar de criança. Quando junto o povo é todo mundo igual. Como tenho duas filhas essa regra já é velha: é tudo nosso! É tudo dividido. Só se compra se for para todo mundo. Ensino a igualdade não só entre os colegas, ams entre os povos e nações. Caso aconteça de uma outra criança, seja ela quem for, vir junto com a gente a regra continua a mesma e a Catarina e a Cecília sabem disso.

Como moro longe do centro da cidade as pessoas acham distante para ir até lá levar e depois buscar. Então a Creche da Tia Fê anda meio aprada ultimamente. E eu acho ótimo!

Para enfeitar meu post magro colo aqui uma matéria da Revista Época sobre o assunto:

Fernanda Lohn

02/10/2009 20:40
Com que idade a criança pode sair só?
Por temer a violência nas ruas e por superproteção, os pais acabam adiando esse momento. Mas a cautela excessiva pode ser prejudicial ao futuro dos filhos
Martha Mendonça


A carioca Lívia Araújo, de 12 anos, pode andar sozinha apenas nos shoppings do Rio de Janeiro, cidade onde mora. Até para a escola, que fica a dez minutos de sua casa, sua mãe, Marlucia Nascimento, a acompanha
A carioca Lívia Araújo, de 12 anos, é uma extrovertida representante de turma. Usa salto alto, batom e vai ao salão de beleza. Enfim, é uma mocinha. Mas Lívia não sai sozinha de casa. Mesmo para a escola, a dez minutos de casa, vai sempre acompanhada pela mãe. “Confio na minha filha, mas as ruas estão violentas e os motoristas não respeitam os sinais”, diz a mãe e funcionária pública Marlucia Nascimento. Sozinha, só no shopping. Marlucia lembra que, em sua própria infância, aos 9 anos ela perambulava só. “Os tempos são outros”, diz. “A hora de soltá-la vai chegar.” Lívia não reclama: nenhuma das amigas anda sem um adulto por perto.

A preocupação de Marlucia, de 48 anos, é legítima. Na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro, onde moram, não há um dia sem um assalto, uma bala perdida ou um crime qualquer. Em 2003, o bairro ficou marcado pela morte de Gabriela Prado, aos 14 anos, num tiroteio no metrô no primeiro dia em que saía sozinha de casa. Nas últimas décadas, a violência modificou a rotina de pais e filhos. Se as crianças da geração anterior começavam a sair sem os pais por volta dos 10, 11 anos, agora raramente os filhos de classe média se aventuram sós pelas ruas antes da adolescência. “Os alunos vêm para a escola sozinhos a partir do sétimo ou oitavo ano”, diz a diretora do Colégio Mopi, a psicopedagoga Regina Canedo. Há 36 anos à frente da escola que fundou, ela diz que normalmente os pais começam a deixar os filhos mais livres quando eles reclamam. “A hora de saírem sós, muitas vezes, é imposta pelos filhos. Os pais têm razão em ter cuidado, mas não podem mantê-los debaixo da asa até a vida adulta”, diz.

"A hora de soltá-la vai chegar"
MARLUCIA NASCIMENTO,
funcionária pública e mãe de Lívia


No começo de setembro, o jornal americano The New York Times mostrou como as crianças estão indo cada vez menos sozinhas para a escola. Segundo uma pesquisa da National Household Travel – que mede o uso dos meios de transporte naquele país –, em 1969 41% dos alunos iam sozinhos a pé ou de bicicleta até o colégio. Em 2001, eram apenas 13%. Pais americanos acompanham os filhos até em caminhadas de dois quarteirões. Em alguns casos, ao buscar os filhos na escola, eles colocam um papel com o nome da criança à frente do carro para que um funcionário da escola localize por rádio o aluno no prédio e o traga. Em São Francisco, um estudo entre pais que levam seus filhos de 10 a 14 anos ao colégio revelou que metade não deixaria que eles andassem desacompanhados e 30% afirmaram que o medo de estranhos é o responsável por sua decisão. Nos Estados Unidos, o maior temor é o rapto de crianças.










O empresário Ricardo Ribes, de 47 anos, leva o filho Matheus, de 13, a todos os lugares. O menino e um amigo já foram assaltados em uma padaria perto da casa em que moram, em São Paulo. O pai diz que a ida ao colégio é um bom momento para conversar, Matheus concorda, mas afirma querer mais liberdade
No Brasil, “o fator violência é concreto e de fato não ajuda a estimular comportamentos de autonomia”, diz a pedagoga Patrícia Lins e Silva, diretora da Escola Parque, no Rio de Janeiro. Ela acredita que a preocupação dos pais é justa, mas que é preciso levar em conta a importância do desenvolvimento dos jovens. “Entre 12 e 14 anos, eles lutam bravamente pelo direito de experimentar as próprias asas”, afirma.

O empresário paulistano Ricardo Ribes, de 47 anos, leva o filho Matheus, de 13, a todos os lugares, incluindo o colégio, que fica muito perto de onde moram, no Morumbi, bairro nobre de São Paulo. “Tenho medo de assaltos e atropelamentos. Ele e um amigo foram assaltados no caminho da padaria que fica na esquina de nossa casa.” Ricardo minimiza a proteção. “Os trajetos são bons também para a gente conversar”, diz. Matheus adora a presença do pai. Mas não nega que gostaria de ter um pouco mais de independência. “Preferiria ir para certos lugares sozinho”, afirma.

No Brasil e nos Estados Unidos, os especialistas em crianças identificaram, além da violência nas ruas, outro fenômeno que faz com que os pais adiem libertar os filhos: a superproteção, ou overparenting, como é chamada em inglês a exagerada influência dos pais na vida das crianças, em todos os seus aspectos. Interferência nas amizades, cobranças exacerbadas sobre o aprendizado e, em grande escala, o medo da relação da criança com o mundo. O resultado desse comportamento pode ser o desenvolvimento de um adulto sem iniciativa, inseguro e com dificuldades de relacionamento. “O medo da violência das ruas é uma realidade. Mas toma proporções maiores por conta da superproteção”, afirma a psicóloga Ceres Araújo, professora da PUC-SP. Ela diz ainda que as famílias de classe média normalmente se espelham umas nas outras, padronizando as atitudes. “Mesmo que um filho mereça confiança para começar a sair desacompanhado, dificilmente os pais deixarão se outros amigos ainda não tiverem a mesma liberdade. Eles têm medo de estar sendo inconsequentes”, afirma.

Tenho medo de assaltos e atropelamentos
RICARDO RIBES,
empresário e pai de Matheus
Em abril do ano passado, a escritora americana Leonore Skenazy causou polêmica ao contar, em sua coluna no jornal The New York Sun, que havia deixado seu filho Izzy, de 9 anos, andar sozinho no metrô. “Em um domingo ensolarado, dei a ele um mapa do metrô, um bilhete, US$ 20 e algumas moedas, para o caso de ele precisar fazer uma ligação”, escreveu. A maioria dos leitores condenou sua decisão. O incidente levou Leonore a criar um blog e escrever o livro Free-range kids: giving your children the freedom we had without going nuts with worry (algo como Crianças independentes: dando a seus filhos a liberdade que tínhamos sem enlouquecer de preocupação). Ela acredita que muitos pais não têm coragem de soltar os filhos por culpa e medo da reação alheia. “Os pais devem se basear no potencial de suas crianças, e não no que os vizinhos vão dizer”, afirma.

Afinal, com que idade as crianças devem começar a sair sozinhas? Os psicólogos argumentam que o momento certo é muito variável. Antes dos 8 anos, nunca. Nessa idade, elas mal aprenderam a ler, são mais frágeis e não avaliam ainda causas e consequências. Depois disso, é uma questão que cabe aos pais e à própria criança decidir. “Guardadas as particularidades, o ideal é que seja na fase da pré-adolescência”, diz a psicopedagoga Sílvia Amaral, coordenadora da clínica multidisciplinar Elipse, de São Paulo. Ou seja: a partir dos 11 anos. “De acordo com Jean Piaget (psicólogo suíço que estudou o comportamento infantil), nessa última fase da infância a criança já sabe lidar com a novidade e tem capacidade de interiorizar regras, lidar com o imprevisível.”
A analista de sistemas carioca Cristina Rosa, de 43 anos, considera que os 13 anos é a idade para soltar os filhos. O mais velho, Bernardo, hoje com 16 anos, precisou de incentivo para se aventurar. “Ele sempre preferia que alguém o acompanhasse. Aos poucos, foi ficando mais seguro”, diz Cristina. Neste ano, depois de uma viagem de um mês à Alemanha, Bernardo passou a ir de ônibus a locais mais distantes. Já Bruno, o caçula, de 12 anos, não quis esperar o “prazo”. Bruno é levado até a metade dos trajetos e segue a outra metade sozinho.

Para psicólogos e educadores, não há fórmula para proteger uma criança ou adolescente nas ruas, até porque é impossível prever todas as situações. O segredo da segurança é o treino e a familiaridade com locais e trajetos (leia o quadro na pág. anterior). Todos os especialistas são unânimes em dizer que adiar o momento de liberá-los para o mundo é subestimar sua capacidade de cuidar de si mesmos. A confiança dos pais é o combustível para a autoconfiança dos filhos. “É preciso arriscar e delegar, apesar dos perigos. Tirá-los da redoma é ajudá-los a crescer”, diz a psicopedagoga Sílvia Amaral.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A primeira vez a gente nunca esquece....

Estou aqui pela primeira vez!! Sempre leio os artigos e fico muito feliz em poder compartilhar idéias, opiniões, experiências!! Adorei esse tema e concordo plenamente com todos os pontos, na minha opinião não se deve existir distinção entre amigos, pelo menos eu não sou assim, o que dou paras as minhas filhas é o mesmo que dou para seus amiguinhos, mães, pais e inclusive Baba!!! isso mesmo!!! Porque jão passei pela experiência de deixarem a baba das minhas filhas sem almoço, lanche, aguá, etc por várias horas!!!! Isso foi pra mim o fim do resto!! Sem o mínimo de consideração e respeito ao ser humano!! Na minha casa sempre faço o melhor que posso, adoro receber pessoas e seus filhos!!! E trato como se fossem minha familia, porque quero ser tratada da mesma maneira e que minhas filhas também sejam tratadas assim. Quanto ao castigo, é um assunto delicado, acho que devemos conversar com a criança que está passando dos limite s, e se persistir, comunicar aos pais para que possa ser feito alguma coisa, pois sabemos que mais de duas crianças juntas vira festa e bagunça!!! Mas claro que isso é muito bom e graças a Deus significa saúde!!! Claro que uns tem personalidade mais forte que outros e precisamos "administrar" isso, não é fácil, mas precisamos tentar!!! Pois sabemos que esse momento da vida deles é a base de sua vida, se passamos valores bons, isso perdurará por toda a sua vida e serão pessoas felizes e saberão enfrentar o mundo, precisamos prepará-los para o mundo!! Bom... foi muito bom, gostoso escrever.. farei isso com mais frequencia....risos Beijos Cintia

terça-feira, 5 de abril de 2011

Cuidem dos filhos dos outros da mesma maneira que você gostaria que cuidassem dos seus!!!

Semana passada fugi do Papai Noel e do Coelhinho da Pascoa.... Mas essa semana eu apareci!!!! Como tem gente egoísta nesse mundooo!!! Será que alguém vai ficar mais pobre de dar o mesmo para o filho dos outros?!?1 Que Absurdo! Eu saio com mil crianças, meus filhos são maiorzinhos e eu compro tudo igual pra todos! Gente, imagina a mãe da criança ficar sabendo... nossa que vergonha!!! Mas é isso aí!!! Tem gente que só pensa em sí!!! Eu prefiro trazer pra casa e levar pra passear do que mandar os meus pra casa dos outros,,, Nem todo mundo tem paciência, às vezes chamam as crianças e deixam elas jogadas com empregadas sem fazer nada!! Eu quando chamo pra vir pra cá, fico com elas um tempo em casa e depois saio pra um passeio, um lanche... Se os meus me pedem alguma coisa na rua, eu so compro se for viável comprar para todos!!! Outro dia, o Rafa queria aumas figurinhas, eu comprei um pouquinho para cada e ficou todo mundo feliz!!! Eu penso assim: cuidem dos filhos dos outros da mesma maneira que você gostaria que cuidassem dos seus!!! Ah lembrei de mais.... tem gente que coloca o cinto só no próprio filho! Os outros vão soltos no carro!!! isso eu já vi muito!! Um absurdo!! Beijos meninas Mary

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Tema da Semana - Nossos filhos e os filhos dos outros são iguais?

Conforme nossos filhos crescem, aos poucos vamos nos acostumando que eles adoram "andar em bandos" e ai, começamos a liberar passeios com outros pais, ou a agregar os filhos dos outros, aos nossos!


Fato é, que quando eles estao em 2, 3 ou mais... qualquer programa vira diversão (e caos - ao mesmo tempo!) rsss


Mas quando isso acontece sempre temos que tomar cuidado pra não criar diferenca entre eles... ainda mais quando são pequenos....


Já soube de história de mães que levam filhos e amigos ao mc donald, compram mc lanche feliz pra todos, mas deixam todos os brinquedos com o proprio filho, afinal, o dinheiro saiu do bolso delas!!!


Outro dia vi uma dando um toddynho pro filho e um outro generico qualquer pro amiguinho que estava junto...


Tem mães que levam biscoitinhos, suquinhos, balas na bolsa em quantidade suficiente so pros seus....


E até aquelas que ESCOLHEM o melhor pao de queijo, batata frita, e etc pro seu filho e deixam os outros com o que parece "menor" ou "menos fresquinho"...


Serio!!! Não estou inventando... e vocês sabem que isso acontece!!!


Eu acho que quando a gente convida em casa ou leva pra passear os amiguinhos de nossos filhos, temos que ser o mais imparciais possiveis... principalmente em questoes assim! Ou temos como dar a mesma coisa pra todos, ou nao devemos dar nem pros nossos...


Vamos relatar aqui nossas experiencias e pontos de vista (concordantes ou divergentes), pra que esse debate saudável mostre pras mamaes "amigas" que isso NAO É LEGAL?


Aproveitando o gancho, e na hora de dar bronca e por de castigo?

Como agir com o filho dos outros quando eles estao em nossas casas ou em algum programa que somos os responsaveis?!?


Beijos Jo


Ps: a Gê esta ausente por motivos pessoais essa semana! Logo ela estará de volta! Enquanto isso, eu aproveito pra fazer bagunça! rssss